Adaptações Fisiológicas no Coração do Desportista: Até que ponto serão benéficas?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leal, Rosária Catarina Coelho
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/12886
Resumo: Não é de agora que se discute o impacto da atividade física no sistema cardiovascular do Homem. Investigações preliminares no final da década de 1890 e início de 1900 documentaram um aumento das dimensões cardíacas em atletas profissionais sem evidência precedente de doença cardíaca. Tais achados foram aprimoradamente analisados ao longo do último século e continuam a intrigar a comunidade científica, apesar de estar já bem estabelecido que a prática regular e prolongada de exercício físico resulta em alterações significativas na estrutura e função do miocárdio. Este processo adaptativo, designado como remodelação cardíaca induzida pelo exercício físico (RCIE), mais vulgarmente conhecido pelo termo Coração de Atleta, engloba um conjunto de modificações cardíacas estruturais, incluindo uma hipertrofia ventricular esquerda com geometria específica do tipo de desporto (excêntrica vs concêntrica), variações nas funções sistólica e diastólica bem como uma reestruturação elétrica com tradução eletrocardiográfica. A crescente popularidade e interesse pelo exercício físico recreativo e atividades desportivas competitivas levou a um aumento progressivo destes achados na prática clínica de rotina, tornando-se crucial distinguir claramente uma resposta cardiovascular adaptativa de outras alterações patológicas observadas em cardiomiopatias hereditárias ou adquiridas. Esta dissertação pretende, essencialmente, reunir informação sobre as alterações consideradas benignas ou patológicas em atletas, de forma a compreender o significado clínico das mesmas, e explorar os mecanismos adotados pela American Heart Association e pela European Society of Cardiology na avaliação médica de indivíduos envolvidos no desporto de competição, minimizando assim o risco de morte súbita cardíaca associado à prática desportiva.
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