O burro mirandês: a definição de um património: estudo de caso numa aldeia da terra de Miranda
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/17344 |
Resumo: | Em Terra de Miranda, o processo de criação de uma raça autóctone de burros, a raça asinina de Miranda, está a mudar as percepções que os seus criadores têm deste animal. A necessidade de salvaguardar uma raça cuja razão de ser (função) enquanto animal de trabalho e de transporte, tende a desaparecer, justifica a sua classificação. Uma iniciativa do Parque Natural do Douro Internacional a que a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) deu continuidade. Produto da selecção feita ao longo de séculos pelas gentes do Planalto Mirandês (e de Zamora), o Burro de Miranda constitui parte da sua identidade que o reconhecimento exterior como património regional vem evidenciar. No passado, melhor adaptado aos trabalhos agrícolas, aos rigores do clima e aos solos do Planalto, o burro mirandês foi também considerado de grande importância na produção mulateira. Embora as exigências do trabalho agrícola e o seu escasso valor económico, o condenassem frequentemente à «esterilidade». Parceiro inseparável de lavoura dos mais pobres, até recentemente mais valorizado pela sua aptidão para o trabalho e pela docilidade, o burro de Miranda está a ser cada vez mais avaliado pelas suas características morfológicas e começa a ser olhado como um bem patrimonial, criador de riqueza e, nalguns casos, como um inesperado sinal de prestígio social. O processo de patrimonialização da raça, as mudanças na percepção social do burro e no seu tratamento e usos, e a interacção entre a AEPGA e os criadores locais, são objectos centrais desta investigação. |
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