Trajetórias profissionais atípicas construídas por mulheres em contextos de trabalho tradicionalmente ocupados por homens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ana Luís Sousa
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/17506
Resumo: As mulheres representam cerca de 40% da população ativa no mundo ocidental, embora continuem a ser uma minoria nas posições de gestão e na política, sendo praticamente invisíveis nas posições de topo. Dados de 2012 da União Europeia (EU) suportam o desequilíbrio vigente da distribuição de género nas organizações europeias. Em média, apenas 13,7% dos membros dos quadros administrativos e 15% dos membros não executivos das maiores empresas cotadas em bolsa dos 27 Estados-membros da União Europeia (EU) são mulheres. Apesar de encontrarmos uma representação menos desequilibrada de homens e de mulheres nas bases das pirâmides hierárquicas, à medida que vamos evoluindo nas mesmas, a situação inverte-se, predominando a presença masculina (Guerreiro, Abrantes, & Pereira, 2004). O presente estudo tem por objetivo analisar e compreender trajetórias profissionais de mulheres em posições hierárquicas superiores, bem como os constrangimentos, oportunidades e estratégias inerentes à construção deste percurso socialmente reconhecido. Deste modo, foram realizadas oito entrevistas a mulheres que ocupam lugares de chefia nas organizações que integram, nos setores da indústria e dos serviços. Os resultados do estudo, suportados na análise de conteúdo dessas entrevistas, evidenciam a importância que as características do contexto organizacional assumem no desenho das trajetórias destas mulheres, funcionando como um dos principais fatores impulsionadores das mesmas. No mesmo sentido, funcionam também as características pessoais de cada uma das mulheres, bem como o conjunto de estruturas de apoio e estratégias empreendidas para uma melhor conciliação trabalho-família. A necessidade de estruturas e redes de apoio, nomeadamente por parte do companheiro, e as exigências de uma função deste tipo, em termos de uma quase total disponibilidade para o trabalho, concorrem como os principais fatores explicativos para o escasso número de mulheres em posições de poder, para além dos fatores mais macrossociais.
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