Barreiras ao rastreio do cancro do colón e reto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1361 |
Resumo: | Introdução: Entre as doenças oncológicas, o cancro do cólon e reto é o que apresenta maior incidência e mortalidade, sem diferenças para o género, sendo a segunda principal causa de morte, em Portugal. Há evidência de que o rastreio desta patologia é capaz de reduzir estes indicadores. Contudo, as taxas de realização do rastreio permanecem aquém do desejável. São múltiplos os fatores que influenciam decisivamente o sucesso de um programa de rastreio. A eficiência dos exames e a adesão dos indivíduos-alvo devem ser salientadas, tal como o envolvimento dos médicos de família. Objetivos: 1) Averiguar os conhecimentos, crenças e atitudes, dos utentes e médicos dos Cuidados_de_Saúde_Primários_da_Covilhã, em relação ao cancro do cólon e reto e ao seu rastreio; 2) Identificar eventuais barreiras à implementação e prática do rastreio do cancro do cólon e reto relacionadas com os médicos e utentes dos Cuidados_de_Saúde_Primários da Covilhã; 3) Fornecer informação que possa ser útil aos profissionais de saúde e legisladores, no âmbito da prevenção e rastreio do cancro do cólon e reto. Métodos: Elaboraram-se e aplicaram-se dois questionários distintos, um para os médicos e outro para os utentes. A amostragem foi do tipo acidental para os utentes e quanto aos médicos todos foram convidados a participar. Fez-se análise descritiva quantitativa das variáveis contidas nos questionários e também análise bivariada para testar possíveis associações entre estas. Calcularam-se Intervalos de Confiança a 95% para um nível de significância de 0,05. Resultados: A taxa de adesão dos utentes ao rastreio do cancro do cólon e reto foi de 49,1% (IC_39,8_–_58,4). Verificou-se que o aconselhamento médico influencia positivamente a adesão (p2=0,000) e a principal razão para a não adesão dos utentes foi a falta de recomendação médica. Observou-se que os utentes com mais conhecimento sobre a doença aderiram mais ao rastreio (pMW=0,008) e que a existência de vulnerabilidade percebida facilita a recomendação pelo médico (p2=0,041). A barreira mais referida pelos médicos foi a não realização dos exames pelos utentes. No conhecimento, os médicos apresentaram falhas na idade para iniciar e finalizar o rastreio, bem como na frequência de realização de cada exame. Conclusões: Para ultrapassar as barreiras ao rastreio do cancro do cólon e reto, é essencial garantir a promoção do mesmo pelos médicos de família, de forma sistemática e organizada. Simultaneamente, é preciso continuar a sensibilizar e responsabilizar a população para esta questão através de medidas que aumentem o conhecimento geral sobre o tema. |
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Barreiras ao rastreio do cancro do colón e retoConhecimentos, crenças e atitudes dos utentes e médicos dos cuidados de saúde primários da CovilhãCancro do cólon e reto - RastreioCancro do cólon e reto - Utente - MédicoIntrodução: Entre as doenças oncológicas, o cancro do cólon e reto é o que apresenta maior incidência e mortalidade, sem diferenças para o género, sendo a segunda principal causa de morte, em Portugal. Há evidência de que o rastreio desta patologia é capaz de reduzir estes indicadores. Contudo, as taxas de realização do rastreio permanecem aquém do desejável. São múltiplos os fatores que influenciam decisivamente o sucesso de um programa de rastreio. A eficiência dos exames e a adesão dos indivíduos-alvo devem ser salientadas, tal como o envolvimento dos médicos de família. Objetivos: 1) Averiguar os conhecimentos, crenças e atitudes, dos utentes e médicos dos Cuidados_de_Saúde_Primários_da_Covilhã, em relação ao cancro do cólon e reto e ao seu rastreio; 2) Identificar eventuais barreiras à implementação e prática do rastreio do cancro do cólon e reto relacionadas com os médicos e utentes dos Cuidados_de_Saúde_Primários da Covilhã; 3) Fornecer informação que possa ser útil aos profissionais de saúde e legisladores, no âmbito da prevenção e rastreio do cancro do cólon e reto. Métodos: Elaboraram-se e aplicaram-se dois questionários distintos, um para os médicos e outro para os utentes. A amostragem foi do tipo acidental para os utentes e quanto aos médicos todos foram convidados a participar. Fez-se análise descritiva quantitativa das variáveis contidas nos questionários e também análise bivariada para testar possíveis associações entre estas. Calcularam-se Intervalos de Confiança a 95% para um nível de significância de 0,05. Resultados: A taxa de adesão dos utentes ao rastreio do cancro do cólon e reto foi de 49,1% (IC_39,8_–_58,4). Verificou-se que o aconselhamento médico influencia positivamente a adesão (p2=0,000) e a principal razão para a não adesão dos utentes foi a falta de recomendação médica. Observou-se que os utentes com mais conhecimento sobre a doença aderiram mais ao rastreio (pMW=0,008) e que a existência de vulnerabilidade percebida facilita a recomendação pelo médico (p2=0,041). A barreira mais referida pelos médicos foi a não realização dos exames pelos utentes. No conhecimento, os médicos apresentaram falhas na idade para iniciar e finalizar o rastreio, bem como na frequência de realização de cada exame. Conclusões: Para ultrapassar as barreiras ao rastreio do cancro do cólon e reto, é essencial garantir a promoção do mesmo pelos médicos de família, de forma sistemática e organizada. Simultaneamente, é preciso continuar a sensibilizar e responsabilizar a população para esta questão através de medidas que aumentem o conhecimento geral sobre o tema.Introduction: Among the oncological diseases, the colorectal cancer is the one with the highest incidence and mortality, independently of the gender, being the second most common cause of death in Portugal. There is evidence that the screening of this pathology is able to reduce these indicators. However, the screening rates still remain below desirable. There are multiple factors that influence decisively the success of a screening program. The efficiency of exams and the adherence of the targeted population must be denoted, as well as the involvement of family physicians. Objectives: 1) Ascertain the knowledge, beliefs and attitudes, of patients and physicians of the Primary Health Care of Covilhã, in relation to the colorectal cancer and its screening; 2) Identify any barriers to the implementation and practice of the colorectal cancer screening to physicians and patients of the Primary Health Care of Covilhã; 3) Provide useful information to healthcare professionals and legislators, in the prevention and screening of colorectal cancer. Methods: Two separate questionnaires were elaborated and applied, one for physicians and the other for patients. Sampling was accidental type for patients, and regarding physicians all were invited to participate. It was done a quantitative descriptive analysis of the variables contained in the questionnaires and also bivariate analysis to test possible associations between these. Confidence intervals at 95% for a significance level of 0.05 were calculated. Results: The rate of adherence to colorectal screening was 49.1% (CI 39.8 – 58.4). It was found that medical advice positively influences the adherence to screening (p2=0,000) and the main reason for patients’ non-adherence was the lack of medical recommendation. Was observed that patients with more knowledge about the disease adhered more to screening (pMW=0.008) and the existence of perceived vulnerability facilitates the physicians’ recommendation (p2=0.041). The most reported barrier by physicians was the noncompletion of the exams by the patients. The physicians presented knowledge flaws about the age for beginning and ending screening, as well as about the frequency of each exam. Conclusions: To overcome the barriers for screening the colorectal cancer, it is essential to ensure the promotion of it by family physicians, in a systematic and organized way. Simultaneously, it is necessary to continually raise awareness and commit people to this issue through measures that increase the general knowledge on the subject.Universidade da Beira InteriorPinto, AnabelaLoureiro, Marli Gomes de Pinho SilvauBibliorumGomes, Joana Lapa2013-10-02T13:33:41Z2013-052013-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1361porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:56Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1361Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:13.165567Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: Entre as doenças oncológicas, o cancro do cólon e reto é o que apresenta maior incidência e mortalidade, sem diferenças para o género, sendo a segunda principal causa de morte, em Portugal. Há evidência de que o rastreio desta patologia é capaz de reduzir estes indicadores. Contudo, as taxas de realização do rastreio permanecem aquém do desejável. São múltiplos os fatores que influenciam decisivamente o sucesso de um programa de rastreio. A eficiência dos exames e a adesão dos indivíduos-alvo devem ser salientadas, tal como o envolvimento dos médicos de família. Objetivos: 1) Averiguar os conhecimentos, crenças e atitudes, dos utentes e médicos dos Cuidados_de_Saúde_Primários_da_Covilhã, em relação ao cancro do cólon e reto e ao seu rastreio; 2) Identificar eventuais barreiras à implementação e prática do rastreio do cancro do cólon e reto relacionadas com os médicos e utentes dos Cuidados_de_Saúde_Primários da Covilhã; 3) Fornecer informação que possa ser útil aos profissionais de saúde e legisladores, no âmbito da prevenção e rastreio do cancro do cólon e reto. Métodos: Elaboraram-se e aplicaram-se dois questionários distintos, um para os médicos e outro para os utentes. A amostragem foi do tipo acidental para os utentes e quanto aos médicos todos foram convidados a participar. Fez-se análise descritiva quantitativa das variáveis contidas nos questionários e também análise bivariada para testar possíveis associações entre estas. Calcularam-se Intervalos de Confiança a 95% para um nível de significância de 0,05. Resultados: A taxa de adesão dos utentes ao rastreio do cancro do cólon e reto foi de 49,1% (IC_39,8_–_58,4). Verificou-se que o aconselhamento médico influencia positivamente a adesão (p2=0,000) e a principal razão para a não adesão dos utentes foi a falta de recomendação médica. Observou-se que os utentes com mais conhecimento sobre a doença aderiram mais ao rastreio (pMW=0,008) e que a existência de vulnerabilidade percebida facilita a recomendação pelo médico (p2=0,041). A barreira mais referida pelos médicos foi a não realização dos exames pelos utentes. No conhecimento, os médicos apresentaram falhas na idade para iniciar e finalizar o rastreio, bem como na frequência de realização de cada exame. Conclusões: Para ultrapassar as barreiras ao rastreio do cancro do cólon e reto, é essencial garantir a promoção do mesmo pelos médicos de família, de forma sistemática e organizada. Simultaneamente, é preciso continuar a sensibilizar e responsabilizar a população para esta questão através de medidas que aumentem o conhecimento geral sobre o tema. |
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