Correntes da educação para os media em Portugal: retrospectiva e horizontes em tempos de mudança
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/40628 |
Resumo: | Ante a crescente complexidade dos fenômenos sociais e das opções sobre as quais devemos decidir, ante a avalancha informativa que os novos e os velhos meios de comunicação e informação põem à nossa disposição, ante as mensagens mais díspares que, de vários lados, tentam seduzir e convencer, resulta verdadeiramente urgente redefinir o conceito de cidadania, redescobrir os campos e as dimensões implicadas nele, ensaiar novos modos de aprender a viver, individual e coletivamente nos novos cenários que estão se desenhando, com a preocupação de reequilibrar o papel e a missão da escola. Apesar de existir consenso de que uma prática democrática da cidadania encontra o perfeito campo para seu exercício na relação crítica com os meios, nos países que sofreram a experiência de regimes autoritários – e que possuem uma experiência democrática ainda insuficiente entretecida nas práticas cotidianas – resulta difícil conquistar um espaço para a educação para os meios. Esse é o caso de Portugal, onde ainda se tem um conhecimento parcial e fragmentário das experiências realizadas neste campo. Ainda que tais experiências não constituíram verdadeiras políticas na matéria, existem sinais que estariam dando conta das mudanças e das inquietações que têm lugar, especialmente no âmbito das escolas e dos mestres e professores que lideram essas iniciativas. Se entendemos a educação para os meios em sua relação com os processos socioculturais e de mudança social, devemos vinculá-la com as características mais notáveis dos mesmos: aceleração da vida social, enfatização da cultura do presente, deslocalização, alteração da noção de escala e crise das grandes narrativas que davam sentido à ação humana e à História. Por outro lado, se a compreendemos como educação para a comunicação e para a cidadania, é necessário, antes de tudo, que se estabeleça um novo e adequado paradigma pedagógico que se apóie na relação entre a teoria e a prática, e que chegue aos centros de formação de professores. |
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Correntes da educação para os media em Portugal: retrospectiva e horizontes em tempos de mudançaEducação para os médiaPerspetivasMudançaMediaCiências Sociais::Ciências da ComunicaçãoAnte a crescente complexidade dos fenômenos sociais e das opções sobre as quais devemos decidir, ante a avalancha informativa que os novos e os velhos meios de comunicação e informação põem à nossa disposição, ante as mensagens mais díspares que, de vários lados, tentam seduzir e convencer, resulta verdadeiramente urgente redefinir o conceito de cidadania, redescobrir os campos e as dimensões implicadas nele, ensaiar novos modos de aprender a viver, individual e coletivamente nos novos cenários que estão se desenhando, com a preocupação de reequilibrar o papel e a missão da escola. Apesar de existir consenso de que uma prática democrática da cidadania encontra o perfeito campo para seu exercício na relação crítica com os meios, nos países que sofreram a experiência de regimes autoritários – e que possuem uma experiência democrática ainda insuficiente entretecida nas práticas cotidianas – resulta difícil conquistar um espaço para a educação para os meios. Esse é o caso de Portugal, onde ainda se tem um conhecimento parcial e fragmentário das experiências realizadas neste campo. Ainda que tais experiências não constituíram verdadeiras políticas na matéria, existem sinais que estariam dando conta das mudanças e das inquietações que têm lugar, especialmente no âmbito das escolas e dos mestres e professores que lideram essas iniciativas. Se entendemos a educação para os meios em sua relação com os processos socioculturais e de mudança social, devemos vinculá-la com as características mais notáveis dos mesmos: aceleração da vida social, enfatização da cultura do presente, deslocalização, alteração da noção de escala e crise das grandes narrativas que davam sentido à ação humana e à História. Por outro lado, se a compreendemos como educação para a comunicação e para a cidadania, é necessário, antes de tudo, que se estabeleça um novo e adequado paradigma pedagógico que se apóie na relação entre a teoria e a prática, e que chegue aos centros de formação de professores.Ante la creciente complejidad de los fenómenos sociales y de las opciones sobre las que debemos decidir, ante la avalancha informativa que los nuevos y los viejos medios de comunicación e información ponen a nuestra disposición, ante los mensajes más dispares que, desde varios lados, intentan seducir y convencer, resulta verdaderamente urgente redefinir el concepto de ciudadanía, redescubrir los campos y las dimensiones implicados en él, ensayar nuevos modos de aprender a vivir, individual y colectivamente en los nuevos escenarios que se están dise- ñando, con la preocupación de re-equilibrar el papel y la misión de la escuela. A pesar de que existe consenso en que una práctica democrática de la ciudadanía encuentra un perfecto campo para su ejercicio en la relación crítica con los medios, en los países que sufrieron la experiencia de regí- menes autoritarios –y que poseen una experiencia democrática todavía insuficientemente entretejida en las prácticas cotidianas– resulta difícil conquistar un espacio para la educación para los medios. Este es el caso de Portugal, donde aún se tiene un conocimiento parcial y fragmentario de las experiencias realizadas en este campo. Aunque dichas experiencias no constituyeron verdaderas políticas en la materia, existen señales que estarían dando cuenta de los cambios y de las inquietudes que tienen lugar, especialmente en el ámbito de las escuelas y de los maestros y profesores que lideran esas iniciativas. Si entendemos a la educación para los medios en su relación con los procesos socioculturales y de cambio social, debemos vincularla con las características más notables de aquellos: aceleración de la vida social, enfatización de la cultura del presente, deslocalización, alteración de la noción de escala, y crisis de las grandes narrativas que daban sentido a la acción humana y a la Historia. Por su parte, si la comprendemos como educación para la comunicación y la ciudadanía, es necesario, ante todo, que se establezca un nuevo y adecuado paradigma pedagógico que se apoye en la relación entre la teoría y la práctica, y que llegue a los centros de formación de profesores.Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI)Universidade do MinhoPinto, Manuel20032003-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/40628por1022-65081681-5653http://rieoei.org/rie32a06.htminfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:51:13Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/40628Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:50:04.083824Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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