Detecção de Epstein-Barr vírus e variantes genéticas nos receptores das imunoglobulinas G em linfomas não-Hodgkin
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/6450 |
Resumo: | O cancro é uma doença complexa e multifactorial, cuja incidência tem vindo a aumentar ao longo dos anos nos diversos países, sendo por isso crucial a pesquisa de novos métodos de prevenção, diagnóstico, prognóstico e tratamento. A análise de polimorfismos genéticos (SNPs – “Single nucleotide polymorphisms”) ao longo do genoma é uma das formas de avaliação dirigida dos vários tumores, podendo ser uma ferramenta muito útil no estabelecimento de grupos de risco, escolha da terapia, previsão da resposta, sobrevivência global dos pacientes, entre outros parâmetros. No caso dos linfomas não-Hodgkin, que envolvem células do sistema imunitário, o estudo dos polimorfismos genéticos que ocorrem nos receptores das imunoglobulinas G, como é o caso do Fc RIIa-131H/R, pode assim ser promissor. Neste estudo a avaliação do Fc RIIa-131H/R não detectou associações estatisticamente significativas deste polimorfismo com o estadio clínico, IPI/FLIPI, resposta ao 1º tratamento e sobrevivência global. Contudo, a futura análise de outros parâmetros poderá clarificar o papel deste polimorfismo neste grupo de tumores, uma vez que algumas associações foram já descritas, embora os resultados permaneçam controversos. Além dos factores intrínsecos a cada indivíduo, existem outros agentes que podem ter influência na carcinogénese, de que são exemplo as infecções virais. Um dos primeiros vírus associados a um processo tumoral (linfoma de Burkitt) foi o Epstein-Barr, tendo desde então sido alvo de diversos estudos, que o relacionaram com outros tipos de tumor. Nos linfomas não-Hodgkin a infecção por este vírus pode ter um papel importante, uma vez que o estado imunocomprometido normalmente associado a estes pacientes pode também implicar diferentes capacidades de resposta, assim como distintos padrões de infecção, permitindo monitorizar a patologia através da carga viral de EBV. Embora os resultados não tenham revelado diferenças significativas na detecção e quantificação de EBV entre pacientes e grupo controlo, a futura ampliação da amostragem poderá estabelecer novas associações, uma vez que o valor de p não se encontra muito afastado do nível de significância (p < 0,05). Os objectivos futuros em Oncologia passam, desta forma, pela pesquisa e compreensão global dos factores que desencadeiam e condicionam o aparecimento destas patologias, bem como do seu desenvolvimento e progressão, no sentido de minimizar ou mesmo anular as taxas de mortalidade. |
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Detecção de Epstein-Barr vírus e variantes genéticas nos receptores das imunoglobulinas G em linfomas não-HodgkinLinfoma não HodgkinPolimorfismo genéticoHerpesvírus humano 4CarcinogéneseRecetores de imunoglobulinas GO cancro é uma doença complexa e multifactorial, cuja incidência tem vindo a aumentar ao longo dos anos nos diversos países, sendo por isso crucial a pesquisa de novos métodos de prevenção, diagnóstico, prognóstico e tratamento. A análise de polimorfismos genéticos (SNPs – “Single nucleotide polymorphisms”) ao longo do genoma é uma das formas de avaliação dirigida dos vários tumores, podendo ser uma ferramenta muito útil no estabelecimento de grupos de risco, escolha da terapia, previsão da resposta, sobrevivência global dos pacientes, entre outros parâmetros. No caso dos linfomas não-Hodgkin, que envolvem células do sistema imunitário, o estudo dos polimorfismos genéticos que ocorrem nos receptores das imunoglobulinas G, como é o caso do Fc RIIa-131H/R, pode assim ser promissor. Neste estudo a avaliação do Fc RIIa-131H/R não detectou associações estatisticamente significativas deste polimorfismo com o estadio clínico, IPI/FLIPI, resposta ao 1º tratamento e sobrevivência global. Contudo, a futura análise de outros parâmetros poderá clarificar o papel deste polimorfismo neste grupo de tumores, uma vez que algumas associações foram já descritas, embora os resultados permaneçam controversos. Além dos factores intrínsecos a cada indivíduo, existem outros agentes que podem ter influência na carcinogénese, de que são exemplo as infecções virais. Um dos primeiros vírus associados a um processo tumoral (linfoma de Burkitt) foi o Epstein-Barr, tendo desde então sido alvo de diversos estudos, que o relacionaram com outros tipos de tumor. Nos linfomas não-Hodgkin a infecção por este vírus pode ter um papel importante, uma vez que o estado imunocomprometido normalmente associado a estes pacientes pode também implicar diferentes capacidades de resposta, assim como distintos padrões de infecção, permitindo monitorizar a patologia através da carga viral de EBV. Embora os resultados não tenham revelado diferenças significativas na detecção e quantificação de EBV entre pacientes e grupo controlo, a futura ampliação da amostragem poderá estabelecer novas associações, uma vez que o valor de p não se encontra muito afastado do nível de significância (p < 0,05). Os objectivos futuros em Oncologia passam, desta forma, pela pesquisa e compreensão global dos factores que desencadeiam e condicionam o aparecimento destas patologias, bem como do seu desenvolvimento e progressão, no sentido de minimizar ou mesmo anular as taxas de mortalidade.Cancer is a complex and multi factorial disease, whose incidence has been increasing over the years in different countries, making it crucial to research new methods of prevention, diagnosis, prognosis and treatment. Analysis of genetic polymorphisms (SNPs – “Single nucleotide polymorphisms”) through the genome is one of the ways of directed evaluation of the various tumors and may be an important tool in the establishment of risk groups, choice of therapy, prediction of the outcome, overall survival, among other parameters. In non-Hodgkin lymphomas, which implicate immune system cells, the study of genetic polymorphisms which occur in the immunoglobulin G receptors, such as Fc RIIa-131H/R, might be promising. In this study the evaluation of Fc RIIa-131H/R did not reveal significant differences between this polymorphism and the clinical stage, IPI/FLIPI, response to first treatment and overall survival. However, future analysis of other parameters might clarify the role of this polymorphism in this type of tumors, since some associations have already been described, although the results are still controversial. Apart from the intrinsic factors inherent to each individual, there are other agents that may influence carcinogenesis, as is the case of viral infections. Epstein-Barr was one of the first viruses associated with a tumor process (Burkitt’s lymphoma), making it a subject of many studies since then and relating it to other tumors. In non-Hodgkin’s lymphomas, the infection by this virus might play an important role, since the immune compromised state of the individuals may result in different capacities of response, as well as patterns of infection, allowing the monitoring of the pathology through the EBV viral load. Even though the results show no significant differences in detection and quantification of EBV between patients and the control group, the future enlargement of the sample might establish new associations, since the p value is not so far from the significance level (p < 0,05). The future goals of Oncology will inevitably be focusing on the research and global comprehension of factors which trigger and condition the appearance of such pathologies, as well as their development and progression, so as to minimize or annul the associated mortality rates.2016-09-22T14:02:47Z2016-09-22T00:00:00Z2016-09-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/6450porBarros, Eliana Margarida Soares da Costa Henriques deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:45:27Zoai:repositorio.utad.pt:10348/6450Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:03:57.423958Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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