Adesão dos Utentes face ao rastreio do cancro colorretal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10314/4388 |
Resumo: | O cancro colorretal é uma das principais causas de morte relacionadas com cancro, com incidência especialmente elevada em países desenvolvidos sendo a implementação de programas de rastreio essencial na diminuição da mortalidade. Em Portugal, nos últimos anos, a incidência do cancro colorretal tem aumentado significativamente, mas sabe-se que o mesmo pode ser prevenido e tratado. A literatura consultada dá-nos conta que a população não assume atitudes positivas em relação ao método de rastreio e não apresenta conhecimentos suficientes sobre este problema, tão importante de saúde pública. De facto, o cancro colorretal é uma das neoplasias malignas mais suscetíveis de ser evitada através da prevenção primária e do seu rastreio. Sobressaem as funções do enfermeiro especialista em enfermagem comunitária e as suas competências para dar resposta aos diferentes desafios na saúde que as comunidades enfrentam. Assim, neste estudo objetivou-se avaliar a adesão dos utentes ao rastreio do cancro colorretal, ao realizarem a colonoscopia e a PSOF, avaliando os conhecimentos, atitudes, comportamentos e a informação relativa ao cancro colorretal dos utentes de uma Unidade de Saúde Familiar da região centro, para assim desenvolver estratégias que visem a diminuição das barreiras à adesão ao rastreio do cancro colorretal. Para isso, caracterizaram-se as condições sociodemográficas; o estado de saúde dos utentes; identificou-se o nível de conhecimento sobre os fatores de risco e rastreio; analisaram-se as atitudes desses utentes sobre a prevenção e diagnóstico precoce do cancro colorretal e a informação sobre o seu comportamento, bem como as fontes de informação disponíveis. Realizou-se um estudo transversal, descritivo e de carater quantitativo, numa amostra não probabilística por conveniência de 425 inquiridos numa Unidade de Saúde Familiar da região centro, apresentando uma média de idades entre os 50 e 74 anos, sendo 55,5% do sexo feminino. Para obtenção dos dados recorreu-se à aplicação de um questionário concebido no estudo Knowledge, attitudes, and preventive practices about colorectal cancer among adults in na área of Southern Italy, testado para a população portuguesa por Forno (2009). Os dados obtidos foram analisados através do Statistical Program for Social Sciences (SPSS) versão 24 de 2016. Cerca de 47,1% não demonstraram conhecimento dos exames de rastreio, mas a maioria tinha conhecimento de pelo menos um dos principais exames de rastreio (Pesquisa de sangue oculto nas fezes e Colonoscopia). 50,4% apresentaram uma atitude positiva moderada em relação à realização de exames de rastreio, tendo sido atribuído um especial destaque à utilidade dos exames de rastreio do cancro colorretal. A esta postura associou-se o facto de terem conhecimento da definição do cancro colorretal (94,8%) e obterem informação através dos enfermeiros e da comunicação social. Os resultados desta investigação apontam para a necessidade de implementação de estratégias que visem o aumento da adesão ao rastreio do cancro colorretal (realização da colonoscopia e PSOF), diminuindo assim a morbimortalidade, sendo essencial a articulação entre os vários profissionais de saúde, para assim conduzir à obtenção de ganhos em saúde. |
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