“Com o mal dos outros posso eu bem!”: o impacto da crença no mundo justo, da inocência da vítima e da categorização social da vítima na vitimização secundária e na schadenfreude
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/1870 |
Resumo: | O presente estudo tem como um dos objectivos replicar alguns trabalhos no âmbito do estudo das vítimas, utilizando os pressupostos da Crença no Mundo Justo (Lerner, 1980) e variavéis como a inocência da vítima e categorização social da mesma, numa situação de sofrimento persistente. Sabe-se que em certas circunstâncias ocorre uma revitimização da vítima, a chamada vitimização secundária. A vitimização secundária ocorre face a vítimas inocentes com um sofrimento persistente e é maior em observadores com uma alta crença no mundo justo do que naqueles que apresentam uma baixa crença no mundo justo (e.g. Correia e Vala, 2003). Também a categorização social da vítima parece ter influência na vitimização secundária (e.g. Correia, Vala e Aguiar, 2007). É propósito principal deste estudo perceber até que ponto a emoção denominada por schadenfreude ou prazer malicioso pode assumir uma forma de vitimização secundária, mostrando um comportamento semelhante entre ambas as variáveis. Além disto, este estudo tem como objectivo secundário perceber até que ponto a schadenfreude corresponde ao alívio dos participantes face à vítima, por não terem sido alvo da situação de vitimização referida. Os resultados mostraram correlações positivas entre a schadenfreude e algumas formas de vitimização secundária, porém esta emoção não mostrou sofrer qualquer influência por parte da crença no mundo justo dos participantes, nem da categorização social da vítima nem da inocência da vítima. Ainda assim, a schadenfreude está associada ao alívio, mas de forma negativa. São ainda discutidos outros resultados inesperados. |
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“Com o mal dos outros posso eu bem!”: o impacto da crença no mundo justo, da inocência da vítima e da categorização social da vítima na vitimização secundária e na schadenfreudeCrença no mundo justoCategorização social da vítimaInocência da vítimaVitimização secundáriaSchadenfreudeAlívioBelief in a just worldVictim’s social categorizationVictim’s innocenceSecondary victimizationReliefO presente estudo tem como um dos objectivos replicar alguns trabalhos no âmbito do estudo das vítimas, utilizando os pressupostos da Crença no Mundo Justo (Lerner, 1980) e variavéis como a inocência da vítima e categorização social da mesma, numa situação de sofrimento persistente. Sabe-se que em certas circunstâncias ocorre uma revitimização da vítima, a chamada vitimização secundária. A vitimização secundária ocorre face a vítimas inocentes com um sofrimento persistente e é maior em observadores com uma alta crença no mundo justo do que naqueles que apresentam uma baixa crença no mundo justo (e.g. Correia e Vala, 2003). Também a categorização social da vítima parece ter influência na vitimização secundária (e.g. Correia, Vala e Aguiar, 2007). É propósito principal deste estudo perceber até que ponto a emoção denominada por schadenfreude ou prazer malicioso pode assumir uma forma de vitimização secundária, mostrando um comportamento semelhante entre ambas as variáveis. Além disto, este estudo tem como objectivo secundário perceber até que ponto a schadenfreude corresponde ao alívio dos participantes face à vítima, por não terem sido alvo da situação de vitimização referida. Os resultados mostraram correlações positivas entre a schadenfreude e algumas formas de vitimização secundária, porém esta emoção não mostrou sofrer qualquer influência por parte da crença no mundo justo dos participantes, nem da categorização social da vítima nem da inocência da vítima. Ainda assim, a schadenfreude está associada ao alívio, mas de forma negativa. São ainda discutidos outros resultados inesperados.One of the purposes of this study is to replicate some of the works in the research about victims, using Just-World theory assumptions and some variables like victim’s innocence and social categorization of the victim, when the suffering of the victim persists. We know that in some circumstances there is (re)victimizing of the victim, called secondary victimization. The secondary victimization happens to innocent victims with persistent suffering and is higher for those who have a high belief in a just world than for those whose belief in just-world is low (e.g. Correia e Vala, 2003). The victim’s social categorization seems also have influence on secondary victimization (e.g. Correia, Vala e Aguiar, 2007). The main goal of this study is to know if schadenfreude emotion or malicious pleasure can be a way of secondary victimization, showing a similar behavior between them. Moreover, this study has the secondary purpose to understand if schadenfreude is a kind of comparative relief, relate to the fact of the participant had not suffered the misfortune. The results showed some positive correlations between schadenfreude and some kinds of secondary victimization, but this emotion does not appear to be influenced by the belief in just world, neither by social categorization of the victim nor victim’s innocence. Nevertheless schadenfreude is related to relief, but in a negative correlation. Other unexpected results are discussed.2010-05-26T15:04:16Z2009-01-01T00:00:00Z20092009-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/1870porPereira, Ana Sofia Rebelo da Cunhainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-07-07T02:48:57Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/1870Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-07-07T02:48:57Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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