Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mota, Andrea Scaff de Paula
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/53255
Resumo: O estudo pretende trazer a problemática da procriação medicamente assistida para o campo da teoria dos direitos fundamentais, de modo a verificar se há justificativa constitucional para impor limites ao acesso às técnicas de procriação medicamente assistida. Serão identificados os fundamentos jurídico-constitucionais do acesso às técnicas de procriação medicamente assistida e quais os direitos que eventualmente poderão ser atingidos caso sejam reconhecidos limites à utilização das tecnologias reprodutivas. Discorre sobre o regime legal de acesso às técnicas de procriação medicamente assistida adotado por Portugal e levanta questionamentos éticos e jurídicos sobre a utilização em específico das principais modalidades das tecnologias reprodutivas. Procura identificar se a utilização irrestrita do potencial disponibilizado pela medicina da reprodução colide com outros direitos fundamentais assegurados pela ordem constitucional portuguesa. Ao longo do estudo, busca-se responder se no regime jurídico conferido à procriação medicamente assistida, existe justificativa constitucional para limitar o uso das tecnologias reprodutivas em constante evolução ou se, ao revés, a imposição de restrições para a utilização das tecnologias reprodutivas, segundo o estágio atual da técnica, consistirá em ilegítimo controle pelo Estado dos comportamentos sexuais e reprodutivos dos indivíduos. Por fim, conclui-se que a Constituição da República Portuguesa já contempla limites à utilização das técnicas de procriação medicamente assistida, combinadas ou não com o método de engenharia genética, a fim de que sejam protegidos os direitos à autodeterminação ou livre desenvolvimento da personalidade da criança concebida com recurso às técnicas de PMA, o direito ao patrimônio genético não modificado e o direito à biodiversidade genética, que gozam de status constitucional.
id RCAP_162576f48072ba67c427b13ecc167d90
oai_identifier_str oai:repositorio.ul.pt:10451/53255
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutivaProcriação medicamente assistidaDireitos fundamentaisLimites constitucionaisDireito à biodiversidade genéticaPortugalTeses de mestrado - 2022Direitos FundamentaisO estudo pretende trazer a problemática da procriação medicamente assistida para o campo da teoria dos direitos fundamentais, de modo a verificar se há justificativa constitucional para impor limites ao acesso às técnicas de procriação medicamente assistida. Serão identificados os fundamentos jurídico-constitucionais do acesso às técnicas de procriação medicamente assistida e quais os direitos que eventualmente poderão ser atingidos caso sejam reconhecidos limites à utilização das tecnologias reprodutivas. Discorre sobre o regime legal de acesso às técnicas de procriação medicamente assistida adotado por Portugal e levanta questionamentos éticos e jurídicos sobre a utilização em específico das principais modalidades das tecnologias reprodutivas. Procura identificar se a utilização irrestrita do potencial disponibilizado pela medicina da reprodução colide com outros direitos fundamentais assegurados pela ordem constitucional portuguesa. Ao longo do estudo, busca-se responder se no regime jurídico conferido à procriação medicamente assistida, existe justificativa constitucional para limitar o uso das tecnologias reprodutivas em constante evolução ou se, ao revés, a imposição de restrições para a utilização das tecnologias reprodutivas, segundo o estágio atual da técnica, consistirá em ilegítimo controle pelo Estado dos comportamentos sexuais e reprodutivos dos indivíduos. Por fim, conclui-se que a Constituição da República Portuguesa já contempla limites à utilização das técnicas de procriação medicamente assistida, combinadas ou não com o método de engenharia genética, a fim de que sejam protegidos os direitos à autodeterminação ou livre desenvolvimento da personalidade da criança concebida com recurso às técnicas de PMA, o direito ao patrimônio genético não modificado e o direito à biodiversidade genética, que gozam de status constitucional.This academic document aims to bring the issue of assisted reproductive technologies to the field of fundamental rights theory to verify whether there is a constitutional justification for imposing limits on access to assisted reproductive technologies. The legal and constitutional grounds for access to assisted reproductive technologies will be identified and the rights that may eventually be opposed if limits to the use of reproductive technologies are recognized. It discusses the legal regime for access to assisted reproductive technologies adopted by Portugal and raises ethical and legal issues about the specific use of the main modalities of reproductive technologies. It seeks to identify whether the unrestricted use of the potential provided by reproductive technologies conflicts with other fundamental rights guaranteed by the portuguese constitutional order. Throughout the study, it is sought to answer whether in the legal regime conferred on assisted reproductive technologies there is a constitutional justification to limit the use of reproductive technologies in constant evolution or if, on the other hand, the imposition of restrictions on the use of reproductive technologies, according to the current stage of the techniques, will consist of illegitimate control by the State on the sexual and reproductive behavior of individuals. Finally, it concludes that the Constitution of the Portuguese Republic already contemplates limits to the use of assisted reproductive technologies, combined or not with the genetic engineering methods, for the purpose of protecting the rights to self-determination or free development of the personality of the child conceived using ART techniques, the right to unmodified genetic heritage and the right to genetic biodiversity, which enjoy constitutional status.Miranda, JoãoRepositório da Universidade de LisboaMota, Andrea Scaff de Paula2022-06-01T12:34:33Z2022-04-282022-04-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/53255porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:58:57Zoai:repositorio.ul.pt:10451/53255Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:04:14.736899Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
title Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
spellingShingle Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
Mota, Andrea Scaff de Paula
Procriação medicamente assistida
Direitos fundamentais
Limites constitucionais
Direito à biodiversidade genética
Portugal
Teses de mestrado - 2022
Direitos Fundamentais
title_short Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
title_full Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
title_fullStr Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
title_full_unstemmed Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
title_sort Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
author Mota, Andrea Scaff de Paula
author_facet Mota, Andrea Scaff de Paula
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Miranda, João
Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Mota, Andrea Scaff de Paula
dc.subject.por.fl_str_mv Procriação medicamente assistida
Direitos fundamentais
Limites constitucionais
Direito à biodiversidade genética
Portugal
Teses de mestrado - 2022
Direitos Fundamentais
topic Procriação medicamente assistida
Direitos fundamentais
Limites constitucionais
Direito à biodiversidade genética
Portugal
Teses de mestrado - 2022
Direitos Fundamentais
description O estudo pretende trazer a problemática da procriação medicamente assistida para o campo da teoria dos direitos fundamentais, de modo a verificar se há justificativa constitucional para impor limites ao acesso às técnicas de procriação medicamente assistida. Serão identificados os fundamentos jurídico-constitucionais do acesso às técnicas de procriação medicamente assistida e quais os direitos que eventualmente poderão ser atingidos caso sejam reconhecidos limites à utilização das tecnologias reprodutivas. Discorre sobre o regime legal de acesso às técnicas de procriação medicamente assistida adotado por Portugal e levanta questionamentos éticos e jurídicos sobre a utilização em específico das principais modalidades das tecnologias reprodutivas. Procura identificar se a utilização irrestrita do potencial disponibilizado pela medicina da reprodução colide com outros direitos fundamentais assegurados pela ordem constitucional portuguesa. Ao longo do estudo, busca-se responder se no regime jurídico conferido à procriação medicamente assistida, existe justificativa constitucional para limitar o uso das tecnologias reprodutivas em constante evolução ou se, ao revés, a imposição de restrições para a utilização das tecnologias reprodutivas, segundo o estágio atual da técnica, consistirá em ilegítimo controle pelo Estado dos comportamentos sexuais e reprodutivos dos indivíduos. Por fim, conclui-se que a Constituição da República Portuguesa já contempla limites à utilização das técnicas de procriação medicamente assistida, combinadas ou não com o método de engenharia genética, a fim de que sejam protegidos os direitos à autodeterminação ou livre desenvolvimento da personalidade da criança concebida com recurso às técnicas de PMA, o direito ao patrimônio genético não modificado e o direito à biodiversidade genética, que gozam de status constitucional.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-06-01T12:34:33Z
2022-04-28
2022-04-28T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10451/53255
url http://hdl.handle.net/10451/53255
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134593082720256