Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/53255 |
Resumo: | O estudo pretende trazer a problemática da procriação medicamente assistida para o campo da teoria dos direitos fundamentais, de modo a verificar se há justificativa constitucional para impor limites ao acesso às técnicas de procriação medicamente assistida. Serão identificados os fundamentos jurídico-constitucionais do acesso às técnicas de procriação medicamente assistida e quais os direitos que eventualmente poderão ser atingidos caso sejam reconhecidos limites à utilização das tecnologias reprodutivas. Discorre sobre o regime legal de acesso às técnicas de procriação medicamente assistida adotado por Portugal e levanta questionamentos éticos e jurídicos sobre a utilização em específico das principais modalidades das tecnologias reprodutivas. Procura identificar se a utilização irrestrita do potencial disponibilizado pela medicina da reprodução colide com outros direitos fundamentais assegurados pela ordem constitucional portuguesa. Ao longo do estudo, busca-se responder se no regime jurídico conferido à procriação medicamente assistida, existe justificativa constitucional para limitar o uso das tecnologias reprodutivas em constante evolução ou se, ao revés, a imposição de restrições para a utilização das tecnologias reprodutivas, segundo o estágio atual da técnica, consistirá em ilegítimo controle pelo Estado dos comportamentos sexuais e reprodutivos dos indivíduos. Por fim, conclui-se que a Constituição da República Portuguesa já contempla limites à utilização das técnicas de procriação medicamente assistida, combinadas ou não com o método de engenharia genética, a fim de que sejam protegidos os direitos à autodeterminação ou livre desenvolvimento da personalidade da criança concebida com recurso às técnicas de PMA, o direito ao patrimônio genético não modificado e o direito à biodiversidade genética, que gozam de status constitucional. |
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Limites constitucionais à procriação medicamente assistida na era da tecnologia reprodutivaProcriação medicamente assistidaDireitos fundamentaisLimites constitucionaisDireito à biodiversidade genéticaPortugalTeses de mestrado - 2022Direitos FundamentaisO estudo pretende trazer a problemática da procriação medicamente assistida para o campo da teoria dos direitos fundamentais, de modo a verificar se há justificativa constitucional para impor limites ao acesso às técnicas de procriação medicamente assistida. Serão identificados os fundamentos jurídico-constitucionais do acesso às técnicas de procriação medicamente assistida e quais os direitos que eventualmente poderão ser atingidos caso sejam reconhecidos limites à utilização das tecnologias reprodutivas. Discorre sobre o regime legal de acesso às técnicas de procriação medicamente assistida adotado por Portugal e levanta questionamentos éticos e jurídicos sobre a utilização em específico das principais modalidades das tecnologias reprodutivas. Procura identificar se a utilização irrestrita do potencial disponibilizado pela medicina da reprodução colide com outros direitos fundamentais assegurados pela ordem constitucional portuguesa. Ao longo do estudo, busca-se responder se no regime jurídico conferido à procriação medicamente assistida, existe justificativa constitucional para limitar o uso das tecnologias reprodutivas em constante evolução ou se, ao revés, a imposição de restrições para a utilização das tecnologias reprodutivas, segundo o estágio atual da técnica, consistirá em ilegítimo controle pelo Estado dos comportamentos sexuais e reprodutivos dos indivíduos. Por fim, conclui-se que a Constituição da República Portuguesa já contempla limites à utilização das técnicas de procriação medicamente assistida, combinadas ou não com o método de engenharia genética, a fim de que sejam protegidos os direitos à autodeterminação ou livre desenvolvimento da personalidade da criança concebida com recurso às técnicas de PMA, o direito ao patrimônio genético não modificado e o direito à biodiversidade genética, que gozam de status constitucional.This academic document aims to bring the issue of assisted reproductive technologies to the field of fundamental rights theory to verify whether there is a constitutional justification for imposing limits on access to assisted reproductive technologies. The legal and constitutional grounds for access to assisted reproductive technologies will be identified and the rights that may eventually be opposed if limits to the use of reproductive technologies are recognized. It discusses the legal regime for access to assisted reproductive technologies adopted by Portugal and raises ethical and legal issues about the specific use of the main modalities of reproductive technologies. It seeks to identify whether the unrestricted use of the potential provided by reproductive technologies conflicts with other fundamental rights guaranteed by the portuguese constitutional order. Throughout the study, it is sought to answer whether in the legal regime conferred on assisted reproductive technologies there is a constitutional justification to limit the use of reproductive technologies in constant evolution or if, on the other hand, the imposition of restrictions on the use of reproductive technologies, according to the current stage of the techniques, will consist of illegitimate control by the State on the sexual and reproductive behavior of individuals. Finally, it concludes that the Constitution of the Portuguese Republic already contemplates limits to the use of assisted reproductive technologies, combined or not with the genetic engineering methods, for the purpose of protecting the rights to self-determination or free development of the personality of the child conceived using ART techniques, the right to unmodified genetic heritage and the right to genetic biodiversity, which enjoy constitutional status.Miranda, JoãoRepositório da Universidade de LisboaMota, Andrea Scaff de Paula2022-06-01T12:34:33Z2022-04-282022-04-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/53255porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:58:57Zoai:repositorio.ul.pt:10451/53255Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:04:14.736899Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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