Violência na Sociedade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lourenço, Nelson
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10884/393
Resumo: A violência está no horizonte da vida social. Embora esta afirmação possa parecer excessiva, ela pretende referenciar a natureza social da violência. Retém-se, assim, um aspecto hoje consensual na literatura científica sobre a violência: os comportamentos violentos e agressivos são o resultado de um processo de construção, no qual intervêm mecanismos psicológicos e sociais que regulam a sua aprendizagem. Considerado ao nível individual ou interindividual, o acto violento é sempre uma transgressão do sistema normativo em vigor numa determinada sociedade. A complexidade da análise da violência - ou, de um modo mais preciso, dos comportamentos violentos - resulta, pois, do seu carácter social. A percepção do acto violento não é universal no quadro alargado da sociedade. Nem todos os indivíduos, nem todos os grupos, nem todos os estratos sociais, representam um mesmo comportamento do mesmo modo, percepcionando-o com a mesma carga valorativa, isto é, um mesmo acto pode ser representado, diferentemente, como não violento, violento ou muito violento. A percepção e a prática de actos violentos são, assim, marcados quer, utilizando o vocabulário da Sociologia, pela posição de classe quer pela história social dos indivíduos. Só deste modo é possível explicar o surgimento, no contexto das grandes cidades, de subculturas de violência, portadoras de valores que transgridem o sistema normativo aceite pela comunidade.
id RCAP_163ca43f685eb77abcc521a255e900be
oai_identifier_str oai:repositorio-cientifico.uatlantica.pt:10884/393
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Violência na SociedadeViolênciaSociedadeA violência está no horizonte da vida social. Embora esta afirmação possa parecer excessiva, ela pretende referenciar a natureza social da violência. Retém-se, assim, um aspecto hoje consensual na literatura científica sobre a violência: os comportamentos violentos e agressivos são o resultado de um processo de construção, no qual intervêm mecanismos psicológicos e sociais que regulam a sua aprendizagem. Considerado ao nível individual ou interindividual, o acto violento é sempre uma transgressão do sistema normativo em vigor numa determinada sociedade. A complexidade da análise da violência - ou, de um modo mais preciso, dos comportamentos violentos - resulta, pois, do seu carácter social. A percepção do acto violento não é universal no quadro alargado da sociedade. Nem todos os indivíduos, nem todos os grupos, nem todos os estratos sociais, representam um mesmo comportamento do mesmo modo, percepcionando-o com a mesma carga valorativa, isto é, um mesmo acto pode ser representado, diferentemente, como não violento, violento ou muito violento. A percepção e a prática de actos violentos são, assim, marcados quer, utilizando o vocabulário da Sociologia, pela posição de classe quer pela história social dos indivíduos. Só deste modo é possível explicar o surgimento, no contexto das grandes cidades, de subculturas de violência, portadoras de valores que transgridem o sistema normativo aceite pela comunidade.Contexto2012-02-27T16:28:57Z1991-01-01T00:00:00Z1991info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10884/393porLourenço, Nelsoninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-10-31T15:59:14Zoai:repositorio-cientifico.uatlantica.pt:10884/393Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-10-31T15:59:14Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Violência na Sociedade
title Violência na Sociedade
spellingShingle Violência na Sociedade
Lourenço, Nelson
Violência
Sociedade
title_short Violência na Sociedade
title_full Violência na Sociedade
title_fullStr Violência na Sociedade
title_full_unstemmed Violência na Sociedade
title_sort Violência na Sociedade
author Lourenço, Nelson
author_facet Lourenço, Nelson
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Lourenço, Nelson
dc.subject.por.fl_str_mv Violência
Sociedade
topic Violência
Sociedade
description A violência está no horizonte da vida social. Embora esta afirmação possa parecer excessiva, ela pretende referenciar a natureza social da violência. Retém-se, assim, um aspecto hoje consensual na literatura científica sobre a violência: os comportamentos violentos e agressivos são o resultado de um processo de construção, no qual intervêm mecanismos psicológicos e sociais que regulam a sua aprendizagem. Considerado ao nível individual ou interindividual, o acto violento é sempre uma transgressão do sistema normativo em vigor numa determinada sociedade. A complexidade da análise da violência - ou, de um modo mais preciso, dos comportamentos violentos - resulta, pois, do seu carácter social. A percepção do acto violento não é universal no quadro alargado da sociedade. Nem todos os indivíduos, nem todos os grupos, nem todos os estratos sociais, representam um mesmo comportamento do mesmo modo, percepcionando-o com a mesma carga valorativa, isto é, um mesmo acto pode ser representado, diferentemente, como não violento, violento ou muito violento. A percepção e a prática de actos violentos são, assim, marcados quer, utilizando o vocabulário da Sociologia, pela posição de classe quer pela história social dos indivíduos. Só deste modo é possível explicar o surgimento, no contexto das grandes cidades, de subculturas de violência, portadoras de valores que transgridem o sistema normativo aceite pela comunidade.
publishDate 1991
dc.date.none.fl_str_mv 1991-01-01T00:00:00Z
1991
2012-02-27T16:28:57Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/book
format book
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10884/393
url http://hdl.handle.net/10884/393
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Contexto
publisher.none.fl_str_mv Contexto
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv mluisa.alvim@gmail.com
_version_ 1817548667451604992