Valorização e integração de resíduos na indústria cerâmica de sanitário

• Autor(a) principal: Coimbra, Inês Martins
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/22202
• topic: Indústria de Louça Sanitária; Economia Circular; Recuperação; Reciclagem; Olaria; Vidragem; Sanitary ware Industry; Circular Economy; Recovery; Recycling; Pottery; Glazing

O homem é capaz de criar vários materiais, nomeadamente a cerâmica, que apresenta várias aplicações. A sua conceção exige elevado conhecimento técnico, a nível das matérias-primas e do seu processo de transformação. De todos os ramos da cerâmica, a indústria sanitária é aquela que necessita de um conhecimento mais aprofundado, para que se utilizem as melhores técnicas, garantido a qualidade e segurança do produto final. O modelo de economia circular é baseado na valorização de materiais dentro de um sistema fechado, possibilitando assim, a redução, reutilização, recuperação e a reciclagem de materiais e energia. No âmbito da dissertação do mestrado em Engenharia Química – Ramo de Qualidade foi realizado um estudo na empresa ARCH, S.A que contemplou três objetivos principais: quantificar a água de lavagem utilizada nas várias seções do processo de fabrico, a implementação de medidas que permitissem diminuir o consumo de água e o desenvolvimento de uma estratégia para a recuperação do vidrado branco. As seções onde havia a necessidade de um maior foco devido ao seu elevado consumo de água foram a olaria 1.1 e a vidragem, consumos de 26% e 30% respetivamente em relação ao consumo total de água. Uma das medidas implementadas na vidragem foi a redução da lavagem total das cabines, havendo uma diminuição ao nível do consumo da água de 32,8 m3 . Nos equipamentos analisados da olaria 1.1 e vidragem foi calculada a matéria seca possível de ser recuperada bem como a percentagem de resíduos e de lamas correspondentes. Relativamente à recuperação do vidrado, foram usadas duas técnicas, o uso de uma centrífuga e posteriormente de uma aparadeira, tendo sido realizado um controlo de qualidade a ambos os vidrados, de forma a comprovar a sua viabilidade. No vidrado que foi possível reciclar, foi calculada também a percentagem de recuperação anual com base na aparadeira instalada na cabine na qual a quantidade de vidrado a recuperar foi cerca de 13%