Gentes e Terras de Soure e Ega (1508). Estudo de antroponímia e toponímia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Varelas , Carlos Manuel Simões
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/3992
Resumo: Procedemos ao estudo das comendas de Ega e de Soureatravés da análise antroponímica e toponímica dos respectivos tombos da visitação manuelinos datados de 1508. Os nomes pessoais são um importante testemunho da época e dasociedade, revelando relações familiares, cargos, ofícios e particularidades de cada indivíduo nomeado; no mesmo sentido acrescenta-se a utilização de indicações toponímicas que forneceminformação variada sobre aglomerados populacionais, culturas, relevo e recursos hídricos. Ega e Soure foram pontos-chave na defesa de Coimbra no período da Reconquista que gradualmente perderam a sua importância militar em favor do crescimento económico. Soure possuía algumas características urbanas remanescentes do século XII, derivadas da sua importância defensiva e do facto de ter assumido a dignidade de sede da Ordem do Templo; Ega, de cariz mais rural, apresentava os seus bens de forma dispersa. A produção agrícola incidia maioritariamente no cultivo do cereal, sendo acompanhada pela vinha e a oliveira. Devido à sua importância económica e ao afrouxamento dos votos de pobreza e castidade impostos pela Ordem, a dignidade de Comendador oferecia a possibilidade de enriquecimento, de manter status social ou mesmo de ascender nessa hierarquia, sendo à época cargo (sem deixar de ser um encargo) cobiçado pela nobreza. As propriedades de Ega e de Soure situavam-se essencialmente no Vale do Mondego a sul de Coimbra, beneficiando desta posição, da fertilidadedas suas terras e da abundante rede fluvial para o incremento da sua economia.
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