Resiliência em crianças e jovens - caraterísticas psicométricas da Child and Youth Resilience Measure

• Autor(a) principal: Valentim, Cristina Isabel Salvador
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/17664
• topic: Resiliencia; Crianças e jovens; Adaptacao e validacao da escala; Qualidades psicometricas; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

Nas últimas décadas temos vindo a constatar a multiplicação de estudos empíricos e investigações sobre a resiliência. Também em Portugal esta temática tem vindo a ser objeto de grande interesse, quer por investigadores, quer por técnicos que pretendem promover o desenvolvimento da resiliência em crianças e jovens. Não obstante tal, existem poucos instrumentos de avaliação da resiliência adaptados e validados para este público. Neste contexto, a presente investigação visa adaptar e validar a escala Child and Youth Resilience Measure – CYRM-28, desenvolvida por Liebenberg, Ungar e Van de Vijver (2012). Esta pretende avaliar a resiliência em crianças e jovens, sendo que neste estudo a adaptação foi efetuada com uma amostra de 442 jovens, de ambos os sexos, com idades entre os 12 e os 17 anos. Para o efeito, após os procedimentos de tradução e retroversão da escala, utilizou-se ainda um Questionário Sociodemográfico e a Lista de Verificação do Estatuto de Risco (Werner & Smith, 1992; Versão Portuguesa de Abreu & Xavier, 2006), de forma a aferir a presença de risco no desenvolvimento dos sujeitos da amostra. Os resultados da análise fatorial exploratória da CYRM-28, realizada no estudo de validação replicaram a sua estrutura original, revelando a existência de 3 fatores, apresentando uma boa consistência interna (α = 0.91) explicando cerca de 55.71% da variância total. A análise confirmatória revelou índices de qualidade de ajustamento um pouco fracos (sofríveis), tendo sido introduzidas alterações sugeridas no modelo, o que aumentou o ajustamento do mesmo. Os valores da validade descriminante também se encontravam um pouco fracos. Face aos resultados, pode inferir-se que a escala apresenta aceitáveis propriedades psicométricas para ser utilizada em crianças e jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos de idade.