Relação entre afasia e trombólise: a opinião dos terapeutas da fala

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miranda, Ana Filipa
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Fonseca, José, Nunes, Maria Vânia da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/35119
Resumo: O tratamento do AVC isquémico com trombólise pode ser considerado relativamente recente. Estando estabelecido o efeito terapêutico do tratamento estão menos clarificados os efeitos domesmo ao nível da recuperação das sequelas de AVC, nomeadamente no que diz respeito àafasia. Nos casos em que a recanalização do fluxo sanguíneo é parcial, como parece acontecer com a trombólise, a lesão poderá apresentar características diferentes daquelas que seriam esperadas, caso o território de uma determinada artéria fosse totalmente lesado. Neste sentido, coloca-se a hipótese de que as alterações de linguagem que ocorrem em indivíduos que foram submetidos a trombólise apresentam características atípicas ou menos comuns. O objetivo deste trabalho é testar essa hipótese indiretamente através da recolha sistematizada da perceção que os terapeutas da fala têm acerca das implicações/consequências do tratamento trombolítico nas características e recuperação da afasia. Para tal, foi construído um questionário eletrónico que foi respondido por 35 terapeutas da fala, sendo que apenas 22 cumpriram os critérios de inclusão no estudo. Os resultados mostraram que dos 22 participantes, 9 consideraram que as pessoas com afasia submetidas a trombólise apresentam às vezes características de linguagem atípicas ou menos comuns e 8 mencionam que quase sempre ou sempre estas características estão presentes. Dos restantes participantes, 5 referiram que isto raramente ou nunca ocorria. No que respeita a outras alterações no âmbito cognitivo e/ou do comportamento que são atípicas ou menos comuns, metade dos participantes referem que às vezes acontecem estas alterações. Em relação à recuperação da afasia, mais de metade dos indivíduos, consideram que ocorrem características atípicas ou menos comuns na fase aguda. Os resultados salientam a necessidade de analisar este assunto de um modo mais profundo, pois são indiretamente indicativos da existência de diferenças nas alterações de linguagem na pessoa com afasia, dependentes do facto de ter sido ou não sujeita a tratamento trombolítico.
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O objetivo deste trabalho é testar essa hipótese indiretamente através da recolha sistematizada da perceção que os terapeutas da fala têm acerca das implicações/consequências do tratamento trombolítico nas características e recuperação da afasia. Para tal, foi construído um questionário eletrónico que foi respondido por 35 terapeutas da fala, sendo que apenas 22 cumpriram os critérios de inclusão no estudo. Os resultados mostraram que dos 22 participantes, 9 consideraram que as pessoas com afasia submetidas a trombólise apresentam às vezes características de linguagem atípicas ou menos comuns e 8 mencionam que quase sempre ou sempre estas características estão presentes. Dos restantes participantes, 5 referiram que isto raramente ou nunca ocorria. No que respeita a outras alterações no âmbito cognitivo e/ou do comportamento que são atípicas ou menos comuns, metade dos participantes referem que às vezes acontecem estas alterações. Em relação à recuperação da afasia, mais de metade dos indivíduos, consideram que ocorrem características atípicas ou menos comuns na fase aguda. Os resultados salientam a necessidade de analisar este assunto de um modo mais profundo, pois são indiretamente indicativos da existência de diferenças nas alterações de linguagem na pessoa com afasia, dependentes do facto de ter sido ou não sujeita a tratamento trombolítico.The treatment of ischemic stroke with thrombolysis can be considered relatively recent. Having been established the therapeutic effect of the treatment, its effects at the level of recovery of stroke sequels are less well known, in particular in regard to aphasia. In cases where the recanalization of blood flow is partial, as seems to happen with thrombolysis, injury may display different characteristics from those that would be expected, if the territory of a particular artery was totally damaged. Thus, raising the hypothesis that language disorders occurring in individuals submitted to thrombolysis, exhibit less common or atypical characteristics. The aim of this study is to test this hypothesis indirectly by systemized collection of the perception that speech therapists have about the implications/consequences of thrombolytic treatment in the characteristics of aphasia. To this end, was built an online questionnaire that was answered by 35 speech therapists, but only 22 met the inclusion criteria. Results showed that of the 22 subjects, 9 considered that people with aphasia submitted to thrombolysis present sometimes atypical characteristics of language or less common and 8 mention that almost always or always these characteristics are present. Of the remaining, 5 reported that this rarely or never occurred. As regards other alterations in the cognitive context and/or of the behavior that are atypical or less common, half of the subjects refer that sometimes these alterations happen. Relative to recovery of aphasia, over half of the subjects consider that occur atypical characteristics or less common in the acute phase. Results emphasize the need to analyze this matter in a more profound, because they are indirectly indicative of the existence of differences in the language disorders in people with aphasia, dependent of the fact of having been or not submitted to thrombolytic treatment.Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaMiranda, Ana FilipaFonseca, JoséNunes, Maria Vânia da Silva2021-09-22T13:34:55Z2013-01-012013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/35119por1647-055910.34632/cadernosdesaude.2013.2847info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:40:38Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/35119Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:28:28.866083Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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