Os militares e a mudança de regimes políticos em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes , Luís Carlos Campos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/19256
Resumo: A presente investigação centra-se na problemática de conhecer, através dos pronunciamentos militares de 28 maio de 1926 e 25 de abril de 1974, qual a atuação, postura e as razões que levaram os oficiais do Exército em início de carreira a se decidirem pela revolta contra o regime instaurado. Existindo uma extensa bibliografia acerca da I República e do Estado Novo, este trabalho explora outras duas vertentes: por um lado, a caraterização sociológica dos participantes em cada um dos pronunciamentos militares, segundo quatro parâmetros (arma/serviço, posto, origem distrital e proveniência familiar); e, por outro lado, qual a influência da dinâmica nacional (política, militar e económica) e internacional para a tomada de decisão à ação revoltosa contra os regimes então vigentes, por parte destes oficiais em início de carreira. Desta forma, o Objetivo Geral do trabalho visa “Descrever o papel dos oficiais em início de carreira, do Exército Português (subalternos e capitães), nas transições de regimes políticos de 1926 e de 1974. E, de que forma a dinâmica nacional e internacional converge para o pronunciamento destes militares”. Para possibilitar essa descrição abordou-se a temática segundo o método de abordagem indutivo, no sentido de verificar a quantidade dos oficiais em início de carreira envolvidos em cada um dos pronunciamentos militares. Posteriormente, e recorrendo ao método dedutivo, abordou-se a temática das razões que levaram estes militares a tomar tal ação. Por último, utilizou-se o método comparativo com o intuito de estabelecer um paralelismo entre os dois pronunciamentos. Como resultado, concluise que, em ambos os pronunciamentos militares, os jovens oficiais tiveram uma participação ativa, formando mais de metade do núcleo de oficiais revoltosos. Estes grupos de oficiais configuram as gerações que mais represálias experienciou na sua formação e condição militar, dada a conjetura nacional e internacional
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