O impacto do uso de máscaras no reconhecimento emocional em jovens adultos

• Autor(a) principal: Marques, Mariana
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/19578
• topic: Emoção; Reconhecimento emocional; Interações sociais; Máscara; Empatia; Inteligência emocional; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

Durante a Pandemia COVID-19, a máscara passou a ser parte do nosso quotidiano e fomos obrigados a viver as nossas interações sociais com menos informação facial disponível. Embora tenhamos continuado a poder contar com a ajuda de diversas outras pistas visuais ao longo das interações sociais, a máscara trouxe distorções na forma como compreendemos as emoções que o outro tenta expressar, tornando também mais difícil expressarmo-nos para os outros. O atual estudo tem como objetivo compreender de que modo a presença da máscara afeta o reconhecimento de emoções e a ativação emocional, e ainda analisar o impacto da inteligência emocional no reconhecimento emocional. Com isto em mente, realizou-se um estudo quantitativo de medidas repetidas, focado em três emoções básicas, nomeadamente alegria, medo e tristeza. Os resultados mostraram que a máscara dificulta o reconhecimento das emoções e a ativação emocional, e que maiores níveis de inteligência emocional não facilitaram a identificação das emoções na presença de máscara, refletindo assim a importância das pistas visuais para os processos de socialização. Este estudo permite confirmar a importância das várias pistas existentes ao longo da interação social como um todo, nomeadamente o contexto, a prosódia e também a expressão facial. Todas as variáveis atuam em conjunto para nos ajudar a interpretar corretamente as interações socias e agir de modo adequado. Deste modo, durante a pandemia, ficamos mais dependentes das outras variáveis para colmatar as falhas existentes pela ausência de pistas faciais, tornando as interações mais vulneráveis.