Avaliação de novos compostos para desinfeção intracanalar em endodontia

• Autor(a) principal: Sousa, Rúben Filipe Gonçalves de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/34586
• topic: Endodontia; Irrigação; Desinfeção intracanalar; Fungos marinhos; Endodontics; Irrigation; Intracanal disinfection; Marine fungi; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina Clínica

O tratamento endodôntico tem como objetivo, otimizar a desinfeção do canal radicular e prevenir a reinfeção. Os microrganismos predominantes em dentes tratados com sintomatologia são Enterococcus faecalis, Fusobacterium nucleatum e do reino Fungi a Candida albicans. Os oceanos contêm inúmeros habitats específicos diferentes, sendo necessário que os microrganismos desenvolvam diferentes mecanismos de adaptação para sobreviverem. Alguns destes são a produção de moléculas e enzimas específicas que lhes conferem propriedades antibacterianas, antifúngicas, anti-inflamatórias, antiprotozoárias, antivirais, anticancerígenas... Este trabalho tem como objetivo determinar se extratos de fungos marinhos, (extratos de Penicillium lusitanum e de Aspergillus affinis) são eficazes na eliminação de Enterococcus faecalis e de Candida albicans durante o processo de irrigação endodôntica. Três concentrações dos dois extratos de fungos marinhos foram preparadas e testadas. Protocolos de produção, extração, difusão em disco e de viabilidade celular foram seguidos de forma a obter resultados quanto à inibição e à viabilidade celular que estes extratos de fungos são capazes de produzir em E. faecalis e C. albicans. Analisando os resultados, é percetível que os extratos de fungos de P. lusitanum e A. affinis se mostraram eficazes quando usados de forma isolada na inibição de C. albicans e de E. faecalis, respetivamente, o que são resultados animadores para a continuação desta investigação. Com esta investigação foi ainda possível abrir novos possíveis caminhos para a utilização dos extratos de fungos de P. lusitanum noutras áreas da medicina, como por exemplo no tratamento de Candidíase.