Viabilidade Económica do Autoconsumo de Energia Fotovoltaica no Setor Não Residencial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maleitas, Pedro Filipe Horta
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/27883
Resumo: A descida de preços da tecnologia solar fotovoltaica conjugada com o aumento do preço da eletricidade, levou a que diversos países atingissem a paridade com a rede – momento em que o custo de produzir energia é inferior ao custo de comprar à rede. Nesse sentido, o autoconsumo e o net metering surgem como as alternativas que melhor se ajustam a esta mudança de paradigma, uma vez que a sua viabilidade económica não depende de qualquer tipo de incentivo financeiro. O Decreto-Lei n.º 153/2014 estabelece o regime jurídico aplicável à produção descentralizada de eletricidade para autoconsumo na instalação de utilização associada à respetiva unidade produtora, designada por Unidade de Produção para Autoconsumo – UPAC. Nesse sentido, esta dissertação teve como principal objetivo a avaliação da viabilidade económica do autoconsumo de energia solar fotovoltaica em Portugal, mais especificamente no setor não residencial. Para tal, foram analisados cinco casos de estudo: universidade, indústria, instituição social, comércio e restaurante. E através dos indicadores económicos obtidos, nomeadamente, Valor Atual Líquido, Taxa Interna de Rentabilidade, Período de Recuperação Atualizado, Retorno sobre o Investimento e Levelized Cost of Energy, extrapolaram-se conclusões para empresas de outros setores com perfis de consumo semelhantes aos dos casos de estudo analisados. Dos resultados obtidos, concluiu-se que para as empresas que têm área disponível e consumos relevantes de energia no período diurno, a opção de investir numa UPAC pode reduzir até 50% a sua fatura de eletricidade. A viabilidade económica dos projetos aumenta substancialmente nas empresas abastecidas em Baixa Tensão Especial ou Média Tensão, com taxas internas de rentabilidade que podem chegar até aos 22% e com períodos de recuperação do investimento de 6 a 9 anos, dependendo a sua viabilidade, em grande parte, da regularidade dos consumos, do rácio de autoconsumo passível de ser obtido e do valor do investimento inicial. Concluiu-se, também, que o Valor Atual Líquido é o indicador que melhor serve os interesses do investidor, uma vez que a variação da Taxa Interna de Rentabilidade e dos restantes indicadores é pouco significativa para potências instaladas inferiores à potência solicitada pela instalação de consumo.
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