Avaliação do armazenamento de carbono em jovens povoamentos florestais: efeito da técnica de preparação do terreno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Maria Isabel Miranda
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/7878
Resumo: As modificações que se processam ao nível do solo, causadas pelas técnicas de preparação do terreno, muitas vezes de elevada intensidade, podem exercer grande influência sobre a qualidade do solo e na sua capacidade em armazenar carbono. Neste contexto, o presente estudo tem como principal objetivo avaliar o armazenamento de carbono em jovens povoamentos florestais 7 anos após a sua instalação (em 2009), com recurso a diversas técnicas de preparação de terreno e comparar os resultados com os obtidos 2 anos após a sua instalação (em 2004), de modo a analisar a evolução e recuperação do sistema. Este estudo desenvolveu-se num campo experimental compreendendo os seguintes tratamentos, com diferentes intensidades de mobilização: (1) testemunha sem mobilização (TSMO); (2) sem ripagem e armação do terreno em vala e cômoro (SRVC); (3) ripagem localizada e armação do terreno em vala e cômoro (RLVC); (4) ripagem contínua e armação do terreno em vala e cômoro (RCVC); (5) ripagem contínua seguida de lavoura contínua (RCLC), onde foram plantadas as espécies Pseudotsuga menziesii (PM) e Castanea sativa (CS), num compasso de 4 x 2 m (4 m entre linhas e 2 m entre plantas na linha). Para avaliar o carbono total armazenado no sistema determinou-se o carbono armazenado na biomassa das espécies florestais e da vegetação herbácea, no horizonte orgânico e no solo até 60 cm de profundidade. A biomassa das espécies florestais PM e CS foi estimada a partir de equações determinadas com base nos dados recolhidos em 2004, e convertida em carbono, assumindo que 50% da biomassa é carbono. As amostras de vegetação herbácea e de horizonte orgânico foram colhidas numa área de 0,49 m2, nos mesmos locais onde se efetuou a recolha das amostras de solo. As amostras de solo foram colhidas nas profundidades 0-5, 5-15, 15-30 e 30-60 cm. Depois da análise dos resultados observouse que, ao fim de 7 anos, a quantidade de carbono armazenada no solo é inferior à registada em 2004 (2 anos após a instalação) e tanto menor quanto mais intensiva foi a técnica de preparação do terreno. Também o carbono presente na vegetação herbácea diminuiu, tendo-se formado ao longo do tempo um horizonte orgânico (que após a instalação do povoamento não existia), acrescentando carbono ao sistema. Quanto às espécies florestais, verificou-se um aumento no armazenamento de carbono comparativamente a 2004, nomeadamente na espécie PM. Globalmente observa-se uma redução do armazenamento de carbono no sistema, para a qual o compartimento solo contribuiu largamente, mostrando que, ao fim de sete anos, ainda não recuperou das perturbações causadas pelas técnicas de preparação do terreno, no que respeita ao armazenamento de carbono.
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Este estudo desenvolveu-se num campo experimental compreendendo os seguintes tratamentos, com diferentes intensidades de mobilização: (1) testemunha sem mobilização (TSMO); (2) sem ripagem e armação do terreno em vala e cômoro (SRVC); (3) ripagem localizada e armação do terreno em vala e cômoro (RLVC); (4) ripagem contínua e armação do terreno em vala e cômoro (RCVC); (5) ripagem contínua seguida de lavoura contínua (RCLC), onde foram plantadas as espécies Pseudotsuga menziesii (PM) e Castanea sativa (CS), num compasso de 4 x 2 m (4 m entre linhas e 2 m entre plantas na linha). Para avaliar o carbono total armazenado no sistema determinou-se o carbono armazenado na biomassa das espécies florestais e da vegetação herbácea, no horizonte orgânico e no solo até 60 cm de profundidade. A biomassa das espécies florestais PM e CS foi estimada a partir de equações determinadas com base nos dados recolhidos em 2004, e convertida em carbono, assumindo que 50% da biomassa é carbono. As amostras de vegetação herbácea e de horizonte orgânico foram colhidas numa área de 0,49 m2, nos mesmos locais onde se efetuou a recolha das amostras de solo. As amostras de solo foram colhidas nas profundidades 0-5, 5-15, 15-30 e 30-60 cm. Depois da análise dos resultados observouse que, ao fim de 7 anos, a quantidade de carbono armazenada no solo é inferior à registada em 2004 (2 anos após a instalação) e tanto menor quanto mais intensiva foi a técnica de preparação do terreno. Também o carbono presente na vegetação herbácea diminuiu, tendo-se formado ao longo do tempo um horizonte orgânico (que após a instalação do povoamento não existia), acrescentando carbono ao sistema. Quanto às espécies florestais, verificou-se um aumento no armazenamento de carbono comparativamente a 2004, nomeadamente na espécie PM. Globalmente observa-se uma redução do armazenamento de carbono no sistema, para a qual o compartimento solo contribuiu largamente, mostrando que, ao fim de sete anos, ainda não recuperou das perturbações causadas pelas técnicas de preparação do terreno, no que respeita ao armazenamento de carbono.The changes that occur at the level of the soil, caused by the techniques of land preparation, which are often of high intensity, may have a major influence on the quality of the soil and its capacity to store carbon. In this context, the present study has as a main goal to evaluate the carbon storage in young forest stands 7 years after their settling (in 2009), using different techniques of land preparation and comparing the results with the ones obtained 2 years after their settling (in 2004), in order to analyse the evolution and recuperation of the system. This study was developed in an experimental rehearsal that comprehended the following treatments, with different mobilization intensities, randomly distributed in 2 blocks: (1) witness without mobilization (TSMO); (2) framing of the land in a ditch and in a hillock (SRVC); (3) localized ripping and framing of the land in a ditch and in a hillock (RLVC); (4) continuous ripping and framing of the land in a ditch and in a hillock (RCVC); (5) continuous ripping followed by continuous crop (RCLC), where two species were planted, the Pseudotsuga menziesii (PM) and the Castanea sativa (CS), in a 4 x 2 compass (4m between lines and 2m between plants in the line). To evaluate the carbon contained in the system we determined the carbon contained in the biomass of the forest species, in the biomass of the herbaceous vegetation and organic horizon and also in the soil samples at various depths. The biomasses of forest species PM and CS was estimated based on the data collected in 2004 and converted in carbon, assuming that 50% of the biomass is carbon. We proceeded to the collection of the samples of the herbaceous vegetation and of the organic horizon within an area of 0.49m2, in the same locations where the collection for the soil samples were made, before the opening of the trenches, in the various treatments. The soil samples were collected in the depths of 0- 5cm, 5-15cm, 15-30cm and 30-60cm. After the analyses of the results we observed that, after 7 years, the amount of carbon stored in the soil is inferior than the one registered in 2004 (2 years after its settling) and as less as the technique for land preparation was intensive. Also the carbon present in the herbaceous vegetation lessened, having an organic horizon formed itself as time went by (which did not exist after the settling of the stand), adding carbon to the system. Regarding the forest species, there was an increase in the carbon storage comparatively to 2004, namely in the PM species. Globally we can observe a reduction in the carbon storage in the system to which the soil compartmentalization has largely contributed demonstrating that, after seven years, it has not yet recuperated from the disturbances caused by the techniques of land preparation, in what concerns carbon storage.Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior AgráriaFonseca, FelíciaBiblioteca Digital do IPBGonçalves, Maria Isabel Miranda2013-01-10T12:17:17Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/7878porGonçalves, Maria Isabel Miranda (2012). Avaliação do armazenamento de carbono em jovens povoamentos florestais: efeito da técnica de preparação do terreno. Bragança: Escola Superior Agrária. Dissertação de Mestrado em Gestão de Recursos Florestaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:19:34Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/7878Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:59:36.166779Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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