Avaliação das necessidades energéticas no doente crítico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marinho, A.
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Pinho, J., Cançado, L., Oliveira, M., Marinho, R., Martins, F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.16/1534
Resumo: Introdução: Os doentes críticos são um grupo de do- entes francamente hipermetabólicos que necessitam de um suporte nutricional adequado às suas necessidades. Objectivos: Verificar o melhor método para determinar as neces- sidades energéticas de doentes críticos. Material e métodos: Estudo transversal analítico no qual foram recolhidos dados demográficos, determinado o consumo energético quer por calorimetria indirecta, quer pela fórmula de Harris-Benedict e além disso calculado o fator de stress de pacientes internados entre 2004 e 2009. Resultados: Incluíram- se neste estudo 139 doentes (33% feminino, 67% masculino). Foram efetuadas 298 medidas pela calorimetria indireta, com tempo útil médio de 9 horas, que foram compa- radas às necessidades energéticas calculadas a partir da equação de Harris-Benedict. Encontraram-se diferenças significativas entre os resultados obtidos. O consumo energético mensurado foi 27,9 Kcal/kg (mediana), e quando comparado à equação de Harris-Benedict, evidenciou-se um valor subestimado em 25% (7 Kcal/kg). A mediana do fator de stress encontrado para a correção da fórmula de Harris- Benedict foi de 1,31. Discussão e conclusão: Embora exista uma variabilidade do consumo energético nesses doentes, a fórmula de Harris-Benedict, quando associada a um fator stress entre 1,25 – 1,35, poderá ser um método eficaz na avaliação das necessidades nutricionais. Por outro lado, pode-se optar também por uma abordagem mais simplificada, utilizando valores energéticos entre 25 a 30 Kcal por quilograma de peso. Obviamente, a calorimetria indireta continua a ser o “gold standard’’ da avaliação do consumo energético, já que nos permite adequar as necessidades energéticas em função do consumo energético in- dividual de acordo com o gasto real de cada doente.
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