Vinculação e características empáticas no desenvolvimento de crenças e comportamentos agressivos nas relações conjugais de reclusos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/8874 |
Resumo: | A vinculação é um processo inato que se desenvolve desde o nascimento e que contribui significativamente para a sobrevivência do indivíduo logo nos primeiros anos de vida. Os laços vinculativos representam na infância um papel fundamental no desenvolvimento da capacidade de adaptação da criança ao meio social onde esta se encontra inserida. A literatura mostra que a qualidade da vinculação na infância potencia e determina cognições e comportamentos na idade a adulta, nomeadamente nas áreas do desenvolvimento social, cognitivo e emocional. O presente estudo, de carácter exploratório, tem como objetivo estudar a qualidade da vinculação de reclusos e verificar a implicação desta variável no desenvolvimento das crenças acerca da violência conjugal. A amostra é constituída por 40 sujeitos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. A amostra foi recolhida junto de sujeitos que se encontrama cumprir pena de prisão em regime fechado nos Estabelecimentos Prisionais de Santa Cruz do Bispo (Feminino) e do Porto. Para a recolha dos dados, aplicaram-se os seguintes instrumentos de autorrelato: Escala de Vinculação de Adultos (EVA), a Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (ECVC), e ainda um questionário sociodemográfico. Os resultados indicam que os indíviduos que legitimam a violência no contexto da conjugalidade são geralmente mais inseguros, demonstram dificuldades nas relações de proximidade e exibem maiores níveis de desconfiança. Os dados apontam ainda que os homicidas apresentam menos crenças legitimadoras de violência comparativamente aos reclusos condenados por outros crimes. A teoria da vinculação esteve na base dos resultados obtidos uma vez que se pretendia compreender a influência dos laços vinculativos na perpetuação da violência conjugal. |
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A vinculação é um processo inato que se desenvolve desde o nascimento e que contribui significativamente para a sobrevivência do indivíduo logo nos primeiros anos de vida. Os laços vinculativos representam na infância um papel fundamental no desenvolvimento da capacidade de adaptação da criança ao meio social onde esta se encontra inserida. A literatura mostra que a qualidade da vinculação na infância potencia e determina cognições e comportamentos na idade a adulta, nomeadamente nas áreas do desenvolvimento social, cognitivo e emocional. O presente estudo, de carácter exploratório, tem como objetivo estudar a qualidade da vinculação de reclusos e verificar a implicação desta variável no desenvolvimento das crenças acerca da violência conjugal. A amostra é constituída por 40 sujeitos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. A amostra foi recolhida junto de sujeitos que se encontrama cumprir pena de prisão em regime fechado nos Estabelecimentos Prisionais de Santa Cruz do Bispo (Feminino) e do Porto. Para a recolha dos dados, aplicaram-se os seguintes instrumentos de autorrelato: Escala de Vinculação de Adultos (EVA), a Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (ECVC), e ainda um questionário sociodemográfico. Os resultados indicam que os indíviduos que legitimam a violência no contexto da conjugalidade são geralmente mais inseguros, demonstram dificuldades nas relações de proximidade e exibem maiores níveis de desconfiança. Os dados apontam ainda que os homicidas apresentam menos crenças legitimadoras de violência comparativamente aos reclusos condenados por outros crimes. A teoria da vinculação esteve na base dos resultados obtidos uma vez que se pretendia compreender a influência dos laços vinculativos na perpetuação da violência conjugal. |
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