Memória autobiográfica e resiliência em mulheres com história de cancro da mama : um estudo exploratório

• Autor(a) principal: Oliveira, Ana Catarina Ferraz
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/12220
• topic: MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE; PSICOLOGIA; MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA; CANCRO; CANCRO DA MAMA; RESILIÊNCIA; PSYCHOLOGY; AUTOBIOGRAPHICAL MEMORY; CANCER; BREAST CANCER; RESILIENCE

A memória autobiográfica e a resiliência são construtos que têm vindo a ser investigados de forma isolada e também ligados ao cancro da mama para assim se perceber o papel que desempenham durante e após o tratamento. Objetivos: 1) explorar as características da memória autobiográfica (natureza dos conteúdos e valência emocional) para o período de doença em mulheres com história passada de cancro da mama e 2) explorar a existência de algum tipo de associação entre as características das memórias evocadas e a resiliência. Método: O estudo seguiu uma metodologia mista, com uma amostra de 10 participantes (entre os 49 e os 69 anos), que experienciaram cancro da mama nos últimos 2 ou 3 anos e se encontram em fase de remissão completa. Para além da informação sociodemográfica, utilizaram-se os seguintes instrumentos adaptados à população portuguesa: Escala de Medida de Manifestação de Bem-estar Psicológico (Monteiro et al. 2012); Escala de Fatores de Resiliência de Takviriyanun (Vilelas et al., 2013) e Entrevista Cognitiva Melhorada (Paulo et al. 2014). Resultados: A temática mais evocada por todas as participantes correspondeu à fase do tratamento, que incluiu a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. As participantes que apresentaram níveis mais elevados de resiliência evocam memórias dessa fase com emoções mais positivas. Conclusão: Foi possível concluir que as participantes que apresentaram níveis mais elevados de resiliência ultrapassaram a fase da doença com uma perceção mais positiva e criaram memórias mais benéficas para outros acontecimentos quando comparadas com as participantes que cotaram com níveis menos elevados de resiliência.