O outro lado de mim: o peso da orientação sexual no envelhecimento LGBT

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Judite Beatriz Pais da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/61897
Resumo: Portugal tem apresentado um aumento da população envelhecida, levando a que esta faixa etária tenha vindo a ser alvo de diversas implementações de medidas e políticas, motivadas pela preocupação pública que tem surgido em torno da temática do envelhecimento. Aqui, destacamos especificamente os seniores LGBT e as necessidades, medos ou desafios que estes têm vindo a apresentar ou a enfrentar. À medida que vão envelhecendo, com o medo de se tornarem alvo de discriminação ou perseguição, muitos destes elementos chegam a uma fase da sua vida em que sentem que têm de renunciar à sua orientação sexual, “voltando para o armário”, para viverem sem medo das consequências da exposição da sua sexualidade. O objetivo da presente investigação consiste, então, em adentrarmos sobre o que significa envelhecer como uma pessoa LGBT, bem como tentar compreender que lacunas é que ainda permanecem no conhecimento sobre o envelhecimento LGBT. Assim, este estudo incide sobre as histórias de vida de indivíduos com sessenta e mais anos (> +60), homens e mulheres, que apresentam uma orientação sexual não heterossexual, residentes tanto no seu domicílio, como em instituições. Este não é um estudo representativo ao nível estatístico, sendo que quisemos propor-nos a chegar a tantos indivíduos que pudessem representar tanta diversidade de casos quanto possível (no presente caso, nove entrevistados), para aprofundarmos esta temática. Para o efeito, realizámos, então, entrevistas com foco nas histórias de vida de alguns seniores LGBT, a fim de obter os dados pretendidos para o estudo. Desta fase, foi possível observar que estes carecem de apoio ao nível institucional e residencial, de uma entidade ou políticas que vão ao encontro das suas necessidades, como uma residência ou instituição (no caso da uma institucionalização), que aceite seniores LGBT sem que estes tenham medo de ser discriminados, ou que tenham de renunciar à sua sexualidade e/ou orientação sexual para que possam viver a sua velhice de uma forma mais plena e sem temor.
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