Aldeias abandonadas na área metropolitana de Lisboa: estudo comparativo e valorização patrimonial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/21496 |
Resumo: | As aldeias abandonadas nas últimas décadas, como resultado principalmente do despovoamento das areas mais deprimidas do interior do nosso país, constituem um grave problema que não só nos afecta, mas também a outros países europeus, com especial relevância para os da bacia mediterrânica. Os autores abordaram este problema no contexto particular da região metropolitana de Lisboa, realizando um estudo comparativo de duas aldeias saloias, em elevado estado de ruina, inseridas em contextos geográficos e socio-económicos ligeiramente distintos: Broas, na freguesia de Cheleiros, e A-dos-Rolhados, na freguesia de Algueirão - Mem Martins. Iniciou-se o estudo com uma caracterização patrimonial de ambas as aldeias, encarando-se o património não só no que concerne as estruturas construídas, mas também no que respeita o património natural, paisagístico e imaterial. Uma vez que as referidas aldeias dispôem de um património mais ou menos valioso, teve todo o sentido equacionarem-se diferentes métodos de valorização patrimonial adaptados não só às características específicas de cada caso, mas também aos contextos geográficos em que se inserem e à disponibilidade de equipamentos básicos. A análise destes diferentes métodos teve como objectivo principal a identificação dos mais apropriados no actual contexto socio-economico, que permitam sobretudo evitar a inexorável degradação resultante da dinâmica ecossistémica e de actos de vandalismo e delapidação e, por outro lado preservar e valorizar os recursos patrimoniais, nem que de modo mitigado, pelo menos numa fase transitória. No confronto entre diferentes soluções possíveis houve evidentemente que ter em linha de conta possíveis situações de mais valia turística e de aproveitamento socio-pedagógico, em sentido global. De entre as diferentes abordagens de valorização patrimonial consideraram-se sobretudo: 1) Um empreendimento turístico integral, que na prática consiste na reutilização integral, ou quase integral, do habitat rural tradicional, procurando satisfazer um desejo de conservação do espaço edificado através de um novo tipo de utilização funcional. Se bem que se conheçam no país algumas situações mais ou menos conseguidas, como Aldeia da Mata Pequena (Mafra), Póvoa Dão (Viseu), S. Gregório (Vila Viçosa) e Pedralva (Vila do Bispo), considera-se esta solução praticamente inviável para as duas aldeias objecto de estudo, em resultado do elevado estado de ruina em que se encontram, bem como do contexto geográfico em que se inserem. 2) Um empreeendimento museológico em que se procure salvaguardar as características essenciais destas aldeias saloias, assim como o ambiente natural e paisagístico que as rodeiam. Discutiram-se duas alternativas museológicas diferentes: um Eco-museu e um Centro de Interpretação. Ambas as aldeias poderão constituir o eixo central de um Eco-museu, evidenciando o seu carácter “saloio” tanto material como natural. As Broas encontram-se todavia mais vocacionadas para essa solução, já que a paisagem agrícola vernácula envolvente, constituída por um mosaico de campos agrícolas e por restos de antigos socalcos, permite melhor contextualizar a relação deste habitat com o quadro ambiental, evidenciando, por exemplo, o vale da ribeira de Cheleiros . 3) Um Parque Cultural , sem dúvida o modelo mais integrador de valorização patrimonial, se bem que só aplicável em situações particulares de elevada qualidade em termos de conservação patrimonial e ambiental. Em resultado destas premissas, esta figura de ordenamento territorial só será, no actual contexto, aplicável ao caso das Broas. Discutiram-se ainda situações em que várias formas de turismo mitigado podem ser consideradas de modo integrado, contribuindo também para a valorização patrimonial. Neste contexto, verificou-se que o turismo eco-cultural, apoiado noutras formas de turismo no espaço rural, constitui uma solução interessante. Este turismo poderá tornar-se não só uma mais valia económica, mas também um elemento de coesão entre as populações, além de contribuir para a valorização patrimonial dos sítios. Em associação com outras actividades, apoiadas na agro-reconversão multifuncional, poderá contribuir assim para a «re-invenção do rural», mesmo numa região peri-urbana, como a Área Metropolitana de Lisboa. |
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Iniciou-se o estudo com uma caracterização patrimonial de ambas as aldeias, encarando-se o património não só no que concerne as estruturas construídas, mas também no que respeita o património natural, paisagístico e imaterial. Uma vez que as referidas aldeias dispôem de um património mais ou menos valioso, teve todo o sentido equacionarem-se diferentes métodos de valorização patrimonial adaptados não só às características específicas de cada caso, mas também aos contextos geográficos em que se inserem e à disponibilidade de equipamentos básicos. A análise destes diferentes métodos teve como objectivo principal a identificação dos mais apropriados no actual contexto socio-economico, que permitam sobretudo evitar a inexorável degradação resultante da dinâmica ecossistémica e de actos de vandalismo e delapidação e, por outro lado preservar e valorizar os recursos patrimoniais, nem que de modo mitigado, pelo menos numa fase transitória. 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As Broas encontram-se todavia mais vocacionadas para essa solução, já que a paisagem agrícola vernácula envolvente, constituída por um mosaico de campos agrícolas e por restos de antigos socalcos, permite melhor contextualizar a relação deste habitat com o quadro ambiental, evidenciando, por exemplo, o vale da ribeira de Cheleiros . 3) Um Parque Cultural , sem dúvida o modelo mais integrador de valorização patrimonial, se bem que só aplicável em situações particulares de elevada qualidade em termos de conservação patrimonial e ambiental. Em resultado destas premissas, esta figura de ordenamento territorial só será, no actual contexto, aplicável ao caso das Broas. Discutiram-se ainda situações em que várias formas de turismo mitigado podem ser consideradas de modo integrado, contribuindo também para a valorização patrimonial. Neste contexto, verificou-se que o turismo eco-cultural, apoiado noutras formas de turismo no espaço rural, constitui uma solução interessante. 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Th., Aldeias abandonadas na área metropolitana de Lisboa: estudo comparativo e valorização patrimonial, Oral presentation in the Colóquio Internacional "Arquitectura Popular", Arcos de Valdevez, Casa das Artes, 03-06 Abril 2013.simnaonaofilipemarisa@gmail.commascarenhas_jm@sapo.ptleonorthbarata@gmail.com735Filipe, MarisaMascarenhas, José Manuel deBarata, Leonor Themudoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:12:11Zoai:dspace.uevora.pt:10174/21496Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:12:46.430490Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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FILIPE, M.; MASCARENHAS, J.M. de ; BARATA, L. Th., Aldeias abandonadas na área metropolitana de Lisboa: estudo comparativo e valorização patrimonial, Oral presentation in the Colóquio Internacional "Arquitectura Popular", Arcos de Valdevez, Casa das Artes, 03-06 Abril 2013. sim nao nao filipemarisa@gmail.com mascarenhas_jm@sapo.pt leonorthbarata@gmail.com 735 |
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