Seroprevalência de toxoplasma gondii em pinípedes em contexto zoológico e selvagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Micaela Catarina Crespo
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/10443
Resumo: Causada pelo parasita intracelular obrigatório Toxoplasma gondii, a toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial que acomete uma ampla gama de animais homeotérmicos, incluindo mamíferos marinhos. A infeção nestes animais parece estar associada à exposição a oocistos esporulados na água do mar ou, inclusive, em tecidos de hospedeiros paraténicos, refletindo o estado de contaminação dos oceanos e águas costeiras. O presente trabalho teve como objetivo a realização de um rastreio serológico da infeção por Toxoplasma gondii em pinípedes da coleção zoológica do Zoomarine, em pinípedes de meio selvagem arrojados na costa Portuguesa e em pinípedes de meio selvagem capturados em Lorenzenplate, Alemanha. Soros de 169 pinípedes foram testados para a presença de imunoglobulinas G anti-Toxoplasma gondii através do teste de aglutinação modificado (“modified agglutination test” – MAT). Anticorpos (títulos ≥ 25) foram encontrados em 15 pinípedes, tendo sido obtida uma seroprevalência geral de 8,9%. Em particular, pinípedes sob cuidados humanos obtiveram uma seroprevalência de 20,0% (12/60), valor contrastante com os 2,8% (3/109) obtidos em pinípedes de meio selvagem. A diferença obtida foi estatisticamente significativa. Os resultados do presente estudo sugerem uma baixa exposição de pinípedes de meio selvagem às formas infetantes de T. gondii. Por outro lado, a seroprevalência encontrada em pinípedes sob cuidados humanos realça a importância da realização de estudos adicionais sobre a infeção por este protozoário em pinípedes sob cuidados humanos. Até à data de redação desta dissertação, este é o primeiro estudo sobre a prevalência de anticorpos para Toxoplasma gondii em pinípedes sob cuidados humanos e de meio selvagem em Portugal. Adicionalmente, e do conhecimento da autora, este é também o primeiro registo de infeção por T. gondii em otárias-sul-africanas (Arctocephalus pusillus pusillus).
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