Caracterização da pessoa dependente no autocuidado: um estudo de base populacional num concelho do norte de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-90252014000100005 |
Resumo: | Introdução: No mundo atual, face às alterações sociodemográficas, económicas e estruturais, a dependência no autocuidado tem cada vez mais importância, sendo hoje uma enorme preocupação das políticas de saúde e sociais a identificação das pessoas em situação de dependência e a criação de respostas ajustadas às suas necessidades. Objetivo: O presente estudo visa caracterizar as pessoas dependentes no autocuidado, integradas em famílias clássicas num concelho do norte de Portugal. Material e métodos: Num estudo de perfil quantitativo, exploratório, descritivo-correlacional e recorrendo a uma técnica de amostragem probabilística, aleatória, estratificada e proporcional, foram identificadas, numa abordagem do tipo «porta a porta», 2.126 famílias clássicas do concelho de Paços de Ferreira, das quais 248 integravam pessoas dependentes. Dessas, 241 famílias aceitaram participar na investigação. Como instrumentos de colheita de dados foram usados os formulários intitulados: «Famílias que integram Dependentes no Autocuidado». Resultados: Os resultados mostraram que as pessoas dependentes eram maioritariamente do sexo feminino e com um nível etário elevado. Relativamente ao grau de dependência nos domínios de autocuidado, os que apresentavam maior percentagem de pessoas dependentes que, no mínimo, «necessitam de ajuda de pessoa» foram, por ordem decrescente, os autocuidados: tomar medicação, alimentar-se, arranjar-se, tomar banho, vestir-se e despir-se, usar cadeira de rodas, uso do sanitário, andar, transferir-se, elevar-se e virar-se. No que diz respeito ao grau de dependência, face ao domínio do autocuidado global, 7,9% das pessoas eram totalmente dependentes, não participantes; 91,7% tinham necessidade de ajuda de pessoa e 0,4% só necessitavam de equipamento. Conclusão: Os resultados obtidos, para além de evidenciarem a necessidade de ajuda de alguém para executar, pelo menos uma das atividades inerentes a cada domínio de autocuidado, deixavam as pessoas dependentes propensas a um elevado risco de compromisso dos processos corporais. Face ao exposto, urge conhecer esta realidade, sob o ponto de vista epidemiológico, a fim de uma planificação de cuidados adequada às necessidades, que possa conduzir a ganhos em saúde. |
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