Os “Jazzes” de Ílhavo: história, representação simbólica e propostas de reconstituição da bateria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/24033 |
Resumo: | No início do Séc. XX o jazz expandiu-se pelo mundo e chegou à Europa e América do Sul. Em Portugal, o novo estilo musical foi recebido com críticas, tanto positivas, quanto negativas, e sua presença pôde ser percebida não só nas grandes cidades do país, Porto e Lisboa, como também em cidades menores, como Ílhavo, foco do presente trabalho. De modo a adquirir conhecimento acerca das jazz bands ilhavenses e da importância da bateria, o presente trabalho baseou-se em pesquisas bibliográficas, entrevistas e técnicas de análise musical. Devido à sua presença física e visual, a bateria está profundamente ligada aos pequenos grupos que se designavam por Jazzes, que surgiram em torno da década de 1920 em Portugal. Informações obtidas em artigos de jornais permitiram identificar os locais e situações onde estas bandas atuavam, as músicas de seus repertórios, e importantes maestros e instrumentistas. A função dos jazzes era abrilhantar os bailes e festas da cidade. O profissionalismo destas foi evidenciado em uma ocasião, no qual o livro de repartes do Cinema Pathé designa uma verba para o grupo Sexteto. A partir de uma coleção particular de partituras, um processo de reconstituição das pautas de bateria foi realizado. Como não existiam registros para bateria ou percussão, duas músicas foram escolhidas e analisadas, com o objetivo de elaborar, dois modelos musicais de bateria para cada uma. O desenvolvimento foi pautado na forma como os percussionistas das bandas filarmônicas tocavam, já que os estilos musicais eram comuns entre os jazzes e as filarmónicas, e transitavam entre polcas, valsas, marchas e outros gêneros. O primeiro modelo inclui a execução de 3 instrumentos, a caixa, o bombo e um prato suspenso. A escolha de tais instrumentos justifica-se pela constante presença dos mesmos em fotografias dos jazzes de Ílhavo. O segundo modelo acrescenta o prato-dechoque e prato de condução, que foram introduzidos mais tarde na bateria. |
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