Museus: engajamento e colaboração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mantovani, Maria Ignez
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/5112
Resumo: Até pouco tempo atrás, planejar ações em um museu consistia em reunir conteúdos, objetos e acionar um volume significativo de informações e acervos a serem expostos à fruição pública, por meio de exposições, ações educativas, enfim, programas dirigidos a diferentes públicos. Nosso compromisso era trazer à luz acervos adormecidos em reservas técnicas, dispô-los de forma interessante, cumprindo um roteiro cronológico ou temático, adicionar-lhes um cabedal de informações históricas, científicas ou artísticas de relevância, e aguardar que nosso público apreendesse todo o volume de dados que nós lhes impingíamos. Aos poucos, ondas de inquietação, de irreverência e de questionamento foram assolando o dia a dia dos museus e, de alguma forma, foram nos mostrando que os sentidos deveriam ser múltiplos, plurais. Os avanços dos estudos de público, o advento da internet e o alcance das mídias sociais, entre outras mudanças sociais e globais de relevância, revolveram o mundo dos museus de forma tão radical, que é imperativo que possamos refletir, flexibilizar e nos preparar para um novo tempo, que já chegou, em que o museu se transforma cada vez mais num espaço-fórum, num território de vivências, de experiências, de compartilhamentos e de inovação. O presente texto procura Levantar alguns aspectos do museu-fórum, do museu que se preocupa em pesquisar, em perguntar, em ouvir, em dialogar, em compartilhar, em buscar, em contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, mais plural, mais digna, mais verdadeira e, portanto, inclusiva. Esta é a essência que deve guiar a ação museológica, comprometida com a realidade em que o museu atua, com a sociedade que lhe dá sentido, com as ações que a comunidade elege, com as práticas que ela reconhece como suas e que decide codificar e perenizar para o futuro.
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