Um olhar não heteronormativo sobre mobilidade e permanência em espaço urbano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-83802020000100025 |
Resumo: | Resumo O projecto do Coletivo Aleph centrou-se na discussão dos quotidianos em espaço urbano de pessoas com diferentes identidades, expressão de género e orientação sexual. Estes quotidianos que têm lugar em áreas públicas abertas (praças, ruas, jardins, parques), em espaços semipúblicos de recreação e lazer (cafés, academias, clubes desportivos, centros comerciais, etc.) e em espaço privado (em casa), são desafiados quando se questiona quem os concebeu e para quem foi projectada a cidade. Com efeito, nem todos esses espaços “socialmente aceites” são inclusivos, garantem segurança, promovem afectos e conforto. Talvez por serem pensados e projectados a partir de lentes heteronormativas, as suas características produzem efeitos diferenciados na mobilidade, permanência, segurança e, não raras vezes, produzem práticas excludentes. Perguntamos, assim, se esses espaços não são, em última análise, aqueles que permitem a presença, a mobilidade e a acção de certos grupos e pessoas, mas inibem o pleno acesso de outras, levando ao debate sobre os direitos humanos, cidadania e direito à cidade. A crítica foi desenvolvida por esta investigação culminou na elaboração de um webdocumentário (ferramenta digital disponível em http://www.ceg.ulisboa.pt/mpps/#3). O instrumento comunicacional então utilizado para apresentar a nossa pesquisa (o webdocumentário) explora conteúdos relacionados com a experiência urbana de jovens estudantes universitários com diferentes identidades, expressão de género e orientação sexual, que narram, discutem e criticam o espaço urbano concebido segundo as lentes heteronormativas. Esta crítica é sustentada através das histórias dos sujeitos envolvidos e voluntários na nossa investigação. A metodologia que o Coletivo Aleph utilizou para a recolha de informação centrou-se nas técnicas qualitativas da narrativa, sob a forma de storytelling, storymapping, e go-along techniques, tendo resultado em mapas, fotos, registos escritos, áudios e infográficos que ilustram a vida urbana dos e das participantes. Além das narrativas obtidas sob os referidos formatos, foi utilizada uma aplicação em que foram registados os pontos-chave dos seus quotidianos urbanos, expressando assim as sensações/atmosferas de acolhimento, repulsa, tranquilidade, liberdade, etc. Este artigo explora os objectivos, metodologia e resultados a que o Coletivo chegou. |
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