Campo como infraestrutura: o percurso e drenagem da água no desenho do espaço público
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/21890 |
Resumo: | No vale de Alcântara, terra fértil de vocação produtiva e de veraneio, a água sempre foi o elemento de ligação das diversas tipologias de espaço existentes: produtiva, industrial, lúdica e conventual. Contudo, a impermeabilização do solo e artificialização do percurso da água complexificaram os sistemas hidráulico e hídrico, tornando-o incapaz de responder aos fenómenos de chuvas torrenciais, cada vez mais frequentes. A cidade de Lisboa e, concretamente, o Vale de Alcântara e áreas circundantes conjugam os episódios torrenciais com o efeito direto da maré, sobrecarregando uma infraestrutura de drenagem débil e insuficiente. Neste ensaio reflete-se sobre as virtudes infraestruturais do «campo» na cidade - a capacidade de drenagem e harmonização dos sistemas ecológicos – e estuda-se uma «paisagem» que pertença ao imaginário comum dos que a habitam. O projeto propõe uma alteração dos sistemas de esgotos unitários para separativos, possibilitando uma diminuição substancial da carga nas infraestruturas a jusante, correspondentes às zonas baixas que também sofrem o efeito direto da maré. A separação dos esgotos permite o aproveitamento da água das chuvas para a criação de um percurso lúdico-produtivo ao longo do qual se retarda, armazena, filtra e desinfeta a água, irrigando-a para as extensas áreas permeáveis do Alto de Santo Amaro. Inclui-se, assim, o ciclo da água no desenho e vida da cidade. Explora-se ainda o jardim comestível na tentativa de semear, cuidar e colher a felicidade na cidade, estreitando a relação entre paisagem, infraestrutura, Homem, a sua mão e boca. |
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