Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/1251 |
Resumo: | As plantas lenhosas invasoras, como as acácias e as mimosas, contribuem frequentemente para a proliferação dos fogos florestais em Portugal e para a diminuição da biodiversidade. Estas plantas poderão representar materiais alternativos, após compostagem, para a formulação de substratos de enraizamento de espécies importantes no modo de produção biológico, como as plantas aromáticas e medicinais. No presente trabalho, os cinco substratos utilizados na avaliação do enraizamento de estacas de Rosmarinus officinalis L. (alecrim) e Prunus lusitanica L. (azereiro) foram: o substrato comercial Siro Plant constituído por composto de casca de pinheiro e turfa, sem adubo (A0) e substratos com substituição do composto de casca de pinheiro, por quantidades crescentes de composto de acácia (A30, A60, A100). Como testemunha foi utilizado o substrato adequado ao enraizamento (Sc), recomendado pelo viveiro Raiz da Terra. O segundo fator estudado, num desenho experimental de blocos totalmente casualizados, foram três tratamentos com hormonas de enraizamento: sem hormona (H0), com hormona natural preparada através de uma infusão de cascas e ramos de salgueiro (HB) e com hormonas sintéticas (AIB e ANA) (HQ). As estacas herbáceas foram colocadas em tabuleiros de alvéolos, numa bancada de enraizamento com rega por nebulização, à temperatura de 22ºC. Ao fim de 55 dias, procedeu-se à avaliação do enraizamento através do comprimento das raízes, de uma escala (0 a 5) de avaliação da ramificação das raízes e da contagem e comprimento dos novos rebentos nas estacas. Para o alecrim, o substrato Sc e os substratos com e sem composto de acácia, comportaram-se de forma idêntica, nomeadamente na percentagem de enraizamento e no comprimento das raízes (em média 66,2% e 4,8 cm). No enraizamento do azereiro, o Sc foi comparável aos substratos A30 e A100, nomeadamente na % de enraizamento e o comprimento das raízes (em média 87,8% e 3,1 cm). Em síntese os substratos de enraizamento que contêm composto de acácia (A30, A60 e A100) poderão constituir uma boa alternativa aos substratos convencionais que contêm composto de casca de pinheiro e turfa (A0). O enraizamento das estacas de alecrim poderá ser efetuado sem aplicação de nenhuma hormona de enraizamento (82,0% de enraizamento), enquanto que com a hormona natural foi 34,7%. No azereiro a aplicação de hormonas sintéticas proporcionou melhores resultados (98,7%) em comparação com a não aplicação que foi idêntica à aplicação de hormona natural (74,0%). A hormona natural teve efeitos negativos ou não teve efeito no enraizamento das duas espécies alecrim e azereiro, provavelmente por não ter sido preparada ou aplicada de forma adequada. Devido ao seu potencial de utilização no MPB ou como substituto das hormonas sintéticas deverá de ser estudada e testada em condições laboratoriais e de campo. |
id |
RCAP_19aaa2a4ffc3f192b22b687066ceed5c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1251 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiroAcáciaCompostagemEnraizamentoHormonaSubstratoCompostingRootingHormoneSubstrateAs plantas lenhosas invasoras, como as acácias e as mimosas, contribuem frequentemente para a proliferação dos fogos florestais em Portugal e para a diminuição da biodiversidade. Estas plantas poderão representar materiais alternativos, após compostagem, para a formulação de substratos de enraizamento de espécies importantes no modo de produção biológico, como as plantas aromáticas e medicinais. No presente trabalho, os cinco substratos utilizados na avaliação do enraizamento de estacas de Rosmarinus officinalis L. (alecrim) e Prunus lusitanica L. (azereiro) foram: o substrato comercial Siro Plant constituído por composto de casca de pinheiro e turfa, sem adubo (A0) e substratos com substituição do composto de casca de pinheiro, por quantidades crescentes de composto de acácia (A30, A60, A100). Como testemunha foi utilizado o substrato adequado ao enraizamento (Sc), recomendado pelo viveiro Raiz da Terra. O segundo fator estudado, num desenho experimental de blocos totalmente casualizados, foram três tratamentos com hormonas de enraizamento: sem hormona (H0), com hormona natural preparada através de uma infusão de cascas e ramos de salgueiro (HB) e com hormonas sintéticas (AIB e ANA) (HQ). As estacas herbáceas foram colocadas em tabuleiros de alvéolos, numa bancada de enraizamento com rega por nebulização, à temperatura de 22ºC. Ao fim de 55 dias, procedeu-se à avaliação do enraizamento através do comprimento das raízes, de uma escala (0 a 5) de avaliação da ramificação das raízes e da contagem e comprimento dos novos rebentos nas estacas. Para o alecrim, o substrato Sc e os substratos com e sem composto de acácia, comportaram-se de forma idêntica, nomeadamente na percentagem de enraizamento e no comprimento das raízes (em média 66,2% e 4,8 cm). No enraizamento do azereiro, o Sc foi comparável aos substratos A30 e A100, nomeadamente na % de enraizamento e o comprimento das raízes (em média 87,8% e 3,1 cm). Em síntese os substratos de enraizamento que contêm composto de acácia (A30, A60 e A100) poderão constituir uma boa alternativa aos substratos convencionais que contêm composto de casca de pinheiro e turfa (A0). O enraizamento das estacas de alecrim poderá ser efetuado sem aplicação de nenhuma hormona de enraizamento (82,0% de enraizamento), enquanto que com a hormona natural foi 34,7%. No azereiro a aplicação de hormonas sintéticas proporcionou melhores resultados (98,7%) em comparação com a não aplicação que foi idêntica à aplicação de hormona natural (74,0%). A hormona natural teve efeitos negativos ou não teve efeito no enraizamento das duas espécies alecrim e azereiro, provavelmente por não ter sido preparada ou aplicada de forma adequada. Devido ao seu potencial de utilização no MPB ou como substituto das hormonas sintéticas deverá de ser estudada e testada em condições laboratoriais e de campo.Invasive woody plants such as acacias and mimosas, often contribute to the spread of forest fires in Portugal and the decline in biodiversity. These plants may represent alternative materials after composting, preparation of substrates for rooting of important species in organic production, such as aromatic and medicinal plants. In this study, the five substrates used in the evaluation of rooting of Rosmarinus officinalis L. (rosemary) and Prunus lusitanica L. (azereiro) were the commercial substrate Siro Plant, substrate consisting of composts of pine bark and peat without fertilizer (A0) and substrates with substitution of the compost of pine bark by increasing amounts of compost of acacia (A30, A60, A100). As a witness it was used a substrate recommended by the nursery Raiz da Terra (Sc). The second factor studied in an completed randomized blocks experimental design, three treatments of rooting hormone: without hormone (H0), with the organic hormone prepared by an infusion of willow bark and branches (HB) and with synthetic hormones (IBA and ANA) (HQ). The cuttings were placed in trays, in a bench with watering rooting for nebulization at a temperature of 22ºC. After 55 days, the evaluation of rooting was performed through the length of the roots, a scale (0-5) for the assessment of roots and length and number of the new shoots on the cuttings. For rosemary, Sc substrate and substrates with and without compost of acacia, behaved identically, in particular the rooting percentage and root length (mean 66.2% and 4.8 cm). In the rooting of azereiro, Sc was equivalent to the substrates A30 and A100, in particular the rooting percentage and root length (mean 87.8 % and 3.1 cm). In summary rooting substrates containing compost of acacia (A30, A60 and A100) may be a good alternative to conventional substrates containing compost pine bark and peat (A0). The rooting of rosemary may be performed without the application of any of rooting hormone (82.0 % rooting), whereas with the natural hormone was 34.7%. In azereiro the application of synthetic hormones provided better results (98.7% rooting), compared to non-hormone and the application of the organic hormone application (mean 74.0 %). The organic hormone had negative effects or had no effect on rooting of both rosemary and azereiro species, probably because it was not prepared or implemented properly. Due to its potential use in organic production or as a substitute for synthetic hormones should be studied and tested in laboratory and field conditions.2015-02-05T15:30:41Z2014-03-10T00:00:00Z2014-03-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1251TID:201611988porFernandes, João Miguel Valente Vieira de Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:42:58Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1251Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:31.231604Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro |
title |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro |
spellingShingle |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro Fernandes, João Miguel Valente Vieira de Sousa Acácia Compostagem Enraizamento Hormona Substrato Composting Rooting Hormone Substrate |
title_short |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro |
title_full |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro |
title_fullStr |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro |
title_full_unstemmed |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro |
title_sort |
Avaliação de substratos com compostos de acácia e de hormona natural no enraizamento de alecrim e azereiro |
author |
Fernandes, João Miguel Valente Vieira de Sousa |
author_facet |
Fernandes, João Miguel Valente Vieira de Sousa |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernandes, João Miguel Valente Vieira de Sousa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Acácia Compostagem Enraizamento Hormona Substrato Composting Rooting Hormone Substrate |
topic |
Acácia Compostagem Enraizamento Hormona Substrato Composting Rooting Hormone Substrate |
description |
As plantas lenhosas invasoras, como as acácias e as mimosas, contribuem frequentemente para a proliferação dos fogos florestais em Portugal e para a diminuição da biodiversidade. Estas plantas poderão representar materiais alternativos, após compostagem, para a formulação de substratos de enraizamento de espécies importantes no modo de produção biológico, como as plantas aromáticas e medicinais. No presente trabalho, os cinco substratos utilizados na avaliação do enraizamento de estacas de Rosmarinus officinalis L. (alecrim) e Prunus lusitanica L. (azereiro) foram: o substrato comercial Siro Plant constituído por composto de casca de pinheiro e turfa, sem adubo (A0) e substratos com substituição do composto de casca de pinheiro, por quantidades crescentes de composto de acácia (A30, A60, A100). Como testemunha foi utilizado o substrato adequado ao enraizamento (Sc), recomendado pelo viveiro Raiz da Terra. O segundo fator estudado, num desenho experimental de blocos totalmente casualizados, foram três tratamentos com hormonas de enraizamento: sem hormona (H0), com hormona natural preparada através de uma infusão de cascas e ramos de salgueiro (HB) e com hormonas sintéticas (AIB e ANA) (HQ). As estacas herbáceas foram colocadas em tabuleiros de alvéolos, numa bancada de enraizamento com rega por nebulização, à temperatura de 22ºC. Ao fim de 55 dias, procedeu-se à avaliação do enraizamento através do comprimento das raízes, de uma escala (0 a 5) de avaliação da ramificação das raízes e da contagem e comprimento dos novos rebentos nas estacas. Para o alecrim, o substrato Sc e os substratos com e sem composto de acácia, comportaram-se de forma idêntica, nomeadamente na percentagem de enraizamento e no comprimento das raízes (em média 66,2% e 4,8 cm). No enraizamento do azereiro, o Sc foi comparável aos substratos A30 e A100, nomeadamente na % de enraizamento e o comprimento das raízes (em média 87,8% e 3,1 cm). Em síntese os substratos de enraizamento que contêm composto de acácia (A30, A60 e A100) poderão constituir uma boa alternativa aos substratos convencionais que contêm composto de casca de pinheiro e turfa (A0). O enraizamento das estacas de alecrim poderá ser efetuado sem aplicação de nenhuma hormona de enraizamento (82,0% de enraizamento), enquanto que com a hormona natural foi 34,7%. No azereiro a aplicação de hormonas sintéticas proporcionou melhores resultados (98,7%) em comparação com a não aplicação que foi idêntica à aplicação de hormona natural (74,0%). A hormona natural teve efeitos negativos ou não teve efeito no enraizamento das duas espécies alecrim e azereiro, provavelmente por não ter sido preparada ou aplicada de forma adequada. Devido ao seu potencial de utilização no MPB ou como substituto das hormonas sintéticas deverá de ser estudada e testada em condições laboratoriais e de campo. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-03-10T00:00:00Z 2014-03-10 2015-02-05T15:30:41Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/20.500.11960/1251 TID:201611988 |
url |
http://hdl.handle.net/20.500.11960/1251 |
identifier_str_mv |
TID:201611988 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131530782572544 |