Arrefecimento pós-paragem Cardiorespiratorio: Uso da Hipotermia Terapéutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Frias, Ana
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Pereira, Ana, Fortes, Isa
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/8638
Resumo: Introdução: A nível mundial, a taxa de sobrevivência média extra-hospital por Paragem cardiorrespiratória (PCR) é apenas de 6%, sendo que aqueles que sobrevivem estão em risco de desenvolverem lesão neurológica. Apenas cerca de 20% dos sobreviventes de PCR permanecem em coma sem lesões neurológicas. Assim, os cuidados pós-PCR podem reduzir a mortalidade precoce devido à instabilidade hemodinâmica e disfunção orgânica múltipla, e a tardia devido à lesão cerebral. Nesse contexto, a indução da hipotermia terapêutica nos pacientes sobreviventes de PCR tem demonstrado melhorar estes indicadores preocupantes. Tal facto justifica-se por ser um tratamento eficaz em promover proteção contra a isquemia cerebral, ao reduzir o consumo do oxigénio pelo cérebro. Objetivo: analisar a eficácia da hipotermia terapêutica realizada ao paciente adulto sobrevivente de paragem cardiorrespiratória. Metodologia: revisão sistemática da literatura com pesquisa realizada em bases de dados internacionais (EBSCOhost, CHINHAL, MEDLINE, Cochrane e SciELO), utilizou-se os descritores “therapeutic hypothermia”; “post-cardiorespiratory arrest”; “adult patient”. Obteve-se nove artigos publicados entre 2009 e 2011. Com o intuito de conhecer os benefícios desta terapêutica, pretendemos responder à pergunta de investigação: Será que a hipotermia terapêutica realizada a pacientes adultos sobreviventes de paragem cardiorrespiratória é eficaz? Resultados: Constatou-se que a paragem cardiorrespiratória é um evento de alta mortalidade que causa isquemia cerebral por hipoperfusão, o que leva a agressão neurológica grave. Ficou evidenciado que a hipotermia terapêutica representa um importante avanço na melhoria das lesões neurológicas dos pacientes sobreviventes de paragem cardiorrespiratória. Este procedimento é induzido por quatro fases e por isso necessita de uma monitorização contínua. O desempenho do enfermeiro é fundamental para o controlo e monitorização da hipotermia terapêutica. Conclusão: Os pacientes adultos inconscientes com circulação espontânea após paragem cardiorrespiratória extra-hospitalar devem ser submetidos a hipotermia quando o ritmo inicial for fibrilhação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso. Contudo, a hipotermia terapêutica pode ser benéfica para os outros ritmos e para o ambiente intra-hospitalar.
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