Affordances percecionadas no espaço exterior: um estudo de caso no pré-escolar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/22827 |
Resumo: | O presente relatório de estágio realizou-se no âmbito da unidade curricular de PPS, em articulação com a unidade curricular de Seminário e Orientação Educacional do Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º CEB. Este tem como objetivo compreender que affordances são percecionadas e utilizadas por crianças em idade pré-escolar, no espaço exterior, sendo este caracterizado com base na taxonomia funcional de Harry Heft. O estudo tem como quadro conceptual a Teoria da Perceção Ecológica de James Gibson. Para a recolha de dados foram designadas duas técnicas: a observação não participante e a Abordagem de Mosaico (AM). Para a primeira fase do estudo, observaram-se as crianças no seu espaço exterior durante o seu brincar livre. Nessa fase foram registadas as ações das crianças nos diferentes espaços e com diferentes materiais. Na segunda fase, foram implementados três instrumentos da AM: as fotografias, os desenhos e os circuitos, com o objetivo de registar os espaços preferidos das crianças, bem como as affordances percecionadas, utilizadas e proibidas, no caso de existirem. Em ambas as fases, os participantes foram seis crianças com idades compreendidas entre os três e os cinco anos. De forma a relacionar os dados, recorreu-se a um questionário de resposta aberta à educadora responsável pelo grupo. Utilizou-se a análise de conteúdo para a análise dos dados, de acordo com as categorias estabelecidas: affordances percecionadas, utilizadas e proibidas e espaços preferidos, resultando na triangulação dos dados. Os resultados permitem a conclusão de que as crianças percecionam várias possibilidades de ação, mas, por vezes, são impossibilitadas de as utilizarem (por razões inerentes a si, à situação ou ao adulto), surgindo, dessa forma, as affordances proibidas. Relativamente aos espaços preferidos, o estudo demonstrou que, na maioria, as crianças preferem espaços que lhes ofereçam maior desafio e que lhes permita desenvolver o brincar funcional. Concluiu-se, também, que, após as alterações ocorridas no espaço exterior, este apresenta-se com mais oportunidades de ação. |
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Affordances percecionadas no espaço exterior: um estudo de caso no pré-escolarEducação pré-escolarEspaço exteriorComportamento lúdico infantilDesenvolvimento das criançasO presente relatório de estágio realizou-se no âmbito da unidade curricular de PPS, em articulação com a unidade curricular de Seminário e Orientação Educacional do Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º CEB. Este tem como objetivo compreender que affordances são percecionadas e utilizadas por crianças em idade pré-escolar, no espaço exterior, sendo este caracterizado com base na taxonomia funcional de Harry Heft. O estudo tem como quadro conceptual a Teoria da Perceção Ecológica de James Gibson. Para a recolha de dados foram designadas duas técnicas: a observação não participante e a Abordagem de Mosaico (AM). Para a primeira fase do estudo, observaram-se as crianças no seu espaço exterior durante o seu brincar livre. Nessa fase foram registadas as ações das crianças nos diferentes espaços e com diferentes materiais. Na segunda fase, foram implementados três instrumentos da AM: as fotografias, os desenhos e os circuitos, com o objetivo de registar os espaços preferidos das crianças, bem como as affordances percecionadas, utilizadas e proibidas, no caso de existirem. Em ambas as fases, os participantes foram seis crianças com idades compreendidas entre os três e os cinco anos. De forma a relacionar os dados, recorreu-se a um questionário de resposta aberta à educadora responsável pelo grupo. Utilizou-se a análise de conteúdo para a análise dos dados, de acordo com as categorias estabelecidas: affordances percecionadas, utilizadas e proibidas e espaços preferidos, resultando na triangulação dos dados. Os resultados permitem a conclusão de que as crianças percecionam várias possibilidades de ação, mas, por vezes, são impossibilitadas de as utilizarem (por razões inerentes a si, à situação ou ao adulto), surgindo, dessa forma, as affordances proibidas. Relativamente aos espaços preferidos, o estudo demonstrou que, na maioria, as crianças preferem espaços que lhes ofereçam maior desafio e que lhes permita desenvolver o brincar funcional. Concluiu-se, também, que, após as alterações ocorridas no espaço exterior, este apresenta-se com mais oportunidades de ação.This training course report took place in the context of the curricular unit of PPS, together with the course of seminar and Educational Orientation of the master's degree in pre-school education and teaching for the 1st CEB (Basic Education). This aims to understand what affordances are perceived and used by pre-school aged children, in outdoor space, which is characterized on the basis of Harry Heft’s functional taxonomy. The study has as its conceptual framework of the James Gibson’s Ecological theory. For the collection of data two techniques were assigned: the non-participant observation and the Mosaic Approach (AM). On the first phase of the study, the children were observed in the outdoor space during their free playing for fun. In this phase, the children's actions were recorded in different spaces and with different materials. In the second phase, three AM instruments were implemented: photographies, drawings and circuits, in order to record children's favourite spaces, as well as the affordances that were perceived, used and forbidden, if it was the case. In both phases, the participants were six children between three and five years old. In order to relate the data, a questionnaire of open response was applied to the responsible teacher of the group. For the data analysis, it has been used a content analysis technique, according to the established categories: perceived, used and forbidden affordances and favourite spaces; this all implied a triangulation of data. The results may lead to the conclusion that children perceive different possibilities for action, but sometimes they are unable to use them (because of themselves or the situation or the adult); so this creates the forbidden affordances. As to the preferred spaces, the study showed that, mostly, the children prefer the spaces that challenge them and the spaces that allow them the functional play. Lastly, one came to the conclusion that, after the changes that took place in the outdoor spaces, these ones allow and give more opportunities for action and play.Universidade de Aveiro2018-04-11T08:13:08Z2017-01-01T00:00:00Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/22827TID:201944308porMelo, Juliana Rita Gomes Correia deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:44:41Zoai:ria.ua.pt:10773/22827Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:56:51.805486Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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