Raciocínio ecológico-moral: Um estudo desenvolvimentista numa amostra de sujeitos de Lisboa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.14417/ap.390 |
Resumo: | Os problemas do ambiente não podem mais ser ignorados. Neste artigo, são apresentados alguns resultados de uma investigação realizada numa amostra de sujeitos de Lisboa (Kahn & Lourenço, 2000). Nessa pesquisa, foram explorados alguns aspectos da nossa compreensão da ontogénese da relação humana com a natureza. Cento e vinte participantes igualmente divididos por quatro níveis de escolaridade (5.º ano, 8.º ano, 11.º ano e 1.º ano da Universidade) foram confrontados primeiro com problemas ambientais apelando para os quatro elementos fundamentais da natureza (i.e., terra, água, ar e fogo) e indagados depois sobre a importância que eles concediam a tais problemas e a sua possível conceptualização em termos ecológico-morais.Os resultados sugerem que (1) os problemas do ambiente preocupam as pessoas desde bastante cedo, um dado consistente com a hipótese da biofilia defendida por E. Wilson (1984) de que existe uma propensão biológica para nos afiliarmos com a natureza; (2) esta hipótese sai enriquecida quando inserida numa perspectiva teórica mais global que tem em conta a biologia, a cultura e o desenvolvimento; (3) tais preocupações vêm alargar o domínio tradicional da moralidade, um domínio onde cada vez faz mais sentido integrar também a área do raciocínio ecológico-moral; (4) esta nova área de pesquisa pode ajudar a esclarecer questões importantes e controvertidas no domínio do desenvolvimento moral (e.g., o debate da justiça vs. cuidado); e (5) qualquer programa de educação ambiental só tem a ganhar se tomar em conta os dados que emergem da pesquisa sobre a nossa compreensão da ontogénese da relação humana com a natureza. |
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