Qualidade de vida em diálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Anes, Eugénia J.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Ferreira, Pedro Lopes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/13657
Resumo: Este artigo pretende descrever e comparar a qualidade de vida relacionada com a saúde nas pessoas com insuficiência renal crónica em diálise de acordo com os diferentes tipos de admissão. Foi desenvolvido um estudo não experimental, transversal e descritivo numa amostra de 231 pessoas com insuficiência renal crónica, conforme o tipo de admissão à diálise e que efectuavam tratamento dialítico no nordeste transmontano. Utilizou-se o instrumento de medição KDQOL constituído por uma medida genérica de saúde — o SF-36 — e uma específica deste quadro clínico — o ESRD. Dos participantes estudados, a maioria era do sexo masculino (56,3%), casados (68,4%), reformados ou pensionistas (84,9%), provenientes de zona rural (67,4%) e com um nível de instrução básico ou inferior (89,1%). A idade dos respondentes variou entre os 18 e os 88 anos, com uma média de 61,6 anos e uma mediana de 65 anos. O tempo de diálise destes doentes foi entre 15 dias e 24 anos e o tipo de tratamento mais prevalente foi a hemodiálise (94,8%). A maior parte dos doentes apresentou outras doenças associadas (56,3%) e complicações (91%), tendo sido a diabetes a doença associada mais referida (26,4%) e o cansaço (69,7%), as mãos e pés adormecidos (58,9%), as cãibras (54,5%), as dores musculares (52,4%) e a comichão (51,5%), as complicações mais assinaladas. Os doentes com admissão programada para diálise apresentaram uma qualidade de vida mais satisfatória do que os admitidos de forma urgente, com diferenças estatisticamente significativas na actividade profissional, no desempenho físico, no desempenho emocional, na função social e na vitalidade. Os resultados evidenciaram também um impacto negativo de algumas variáveis sócio-demográficas e clínicas. Nesta investigação é reconhecida a importância da avaliação da qualidade de vida relacionada com a saúde, como um indicador de excelência dos cuidados de saúde, reflectindo a voz do utente.
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