A geopolítica de Angola na África Austral: diplomacia e política externa de Angola na África Austral- SADC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sita, Silvia Crislaine de Almeida
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/3742
Resumo: A descolonização foi bastante diferente entre os países da região da África Austral, marcada por transições pacíficas, como no caso do Botswana, Malawi, Zâmbia, Lesoto e Suazilândia, e por transições muito violentas, como Angola e Moçambique. Ainda que estes acontecimentos tenham deixado marcas próprias, estes processos só podem ser melhor compreendido, se os contextualizarmos internacionalmente, como por exemplo o contexto da Guerra Fria. 1 Logo após à declaração da independência de Angola, iniciou-se a Guerra Civil, travada entre os três movimentos de libertação, uma vez que a UNITA e a FNLA, estavam inconformados com a sua derrota militar e a exclusão do sistema político: Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que no fundo era o governo de Angola independente, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), estes disputavam pela liderança de Angola. As duas superpotências mundiais envolvidas na Guerra Fria, apoiaram uma das partes do conflito civil, de igual modo, os regimes ditatoriais como a ditadura de Mbutu no Zaire, e principalmente a manutenção do regime do apartheid na África do Sul, originando uma série de acontecimentos marcantes, podendo até que existe uma África Austral antes e outra pós-apartheid. Dado ao grande desequilíbrio existente entre a África do Sul e o restante da região, este assumiu um papel preponderante de potência dinamizadora na região austral, e adoptava medidas desestabilizadoras aos Estados dependentes. Grande parte destes países dependiam da África do Sul. Por intemélio do regionalismo, criou-se a SADC, para fazer frente as políticas desestabilizadoras da África do Sul. Os Estados que compõe a África do Sul uniram-se em torno das mesmas estratégias e objectivos, de modo a criarem condições que não as tornassem tão dependentes da África do Sul e tão pouco sujeitos as políticas desestabilizadoras da mesma. Das consequências do apartheid, a SADC pode ser considerada uma delas, embora que de um modo indirecto, dado que é uma continuação de SADCC. (...)
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