QAI e Ambiente hospitalar: uma revisão sistemática sobre eficácia do Ozono gasoso como agente desinfetante

• Autor(a) principal: Lopes, Rosa Maria dos Santos Araújo
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19799
• topic: Ozono; Desinfeção; Eficácia; Ambiente ocupacional; Hospital; Segurança

A eficácia da desinfeção com ozono tem sido avaliada em vários estudos e em diferentes microrganismos. O ozono é usado na descontaminação da água para fins de consumo na Europa, incluindo a desinfeção de água engarrafada, piscinas, prevenção de incrustação de torres de arrefecimento, tratamento de águas residuais e tratamento de ar em ambientes interiores. O ozono é efetivo contra fungos filamentosos, leveduras, vírus, bactérias e protozoários, esporos bacterianos e fúngicos, devido ao seu alto poder oxidante. Assim, o principal objetivo deste estudo foi verificar a eficácia da aplicação do ozono gasoso como agente desinfetante em ambientes ocupacionais na área da saúde, através de uma revisão sistemática da literatura. Esta revisão sistemática baseou-se em itens preferenciais das diretrizes do Preferred Reporting Items for systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e a pesquisa nas bases de dados específicas da área da saúde, nomeadamente a MEDLINE utilizando como interface a PubMed Central, LILACs, MedRix, ScienceDirect (Elsevier) e EBSCOhost. Para a avaliação da qualidade dos estudos incluídosfoi utilizada a Checklist Joanna Briggs Institute. Foram incluídos na revisão da literatura 9 artigos científicos que utilizaram como método de desinfeção o ozono gasoso aplicável em diferentes situações experimentais, nomeadamente, concentração ozono, superfícies, microrganismos, ar, entre outros. Pela análise dos estudos, o ozono gasoso, demonstrou ser eficaz contra diferentes agentes microbianos presentes em diferentes matrizes, dependendo da concentração utilizada, nomeadamente, em intervalos de concentrações 0,05 – 80 ppm, e em tempos de exposição 15 – 600 min. A sensibilidade dos microrganismos ao ozono presentes em ambientes clínicos é diferente, pelo que devem ser estudadas diferentes formas de aplicação/atuação em espaços interiores, salvaguardando a segurança e saúde dos ocupantes e tendo como limite as concentrações indicadas pela OMS para a exposição humana.