Antropología. ¿Por qué importa?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereiro, Xerardo
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Bernardo, Edgar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/17475
Resumo: Este breve ensaio, de 145 páginas, do Professor Tim Ingold (Universidade de Aberdeen, cf. https://www.abdn.ac.uk/ socsci/people/profiles/tim.ingold), apresenta uma importante reflexão sobre o valor e a importância da antropologia nos dias de hoje. O livro foi publicado em inglês, em 2018, e traduzido para espanhol em 2020. É com base nessa tradução que fazemos a seguinte recensão. O livro está estruturado em 5 capítulos que no seu conjunto são uma espécie de antropologia da antropologia, uma defesa e hagiologia da própria antropologia. O primeiro deles foca a relevância da antropologia como ferramenta social de convivência num mundo de sobreinformação, digitalização e excesso de fluxos informativos. Antropologia como ciência em constante construção que olha para o mundo com a missão de interpretar ou explicar os costumes dos outros, colocar- -nos no lugar do outro, partilhar com os outros, aprender da sua experiência, e ver a diversidade de possibilidades da vida humana. O autor questiona e critica radicalmente o que ele designa por “negócio de ‘produção do conhecimento’” (p.16), defendendo uma antropologia que está menos preocupada com a criação de produtos de conhecimento objetivo do que com a procura de sabedoria. A sabedoria é entendida por ele como o aceitar dos outros na nossa existência, experiência, imaginação, proximidade, afetividade, estudar com as pessoas face ao estudar sobre. Neste sentido, e tomando como metáfora o campo do antropólogo como Antropología. ¿Por qué importa? Ingold, Tim. 2020. Antropología. ¿Por qué importa? (E. Gómez Parro, Trad.). Madrid, Alianza Editorial. (Obra original publicada em 2018) ISBN: 9788491818389, 136 pp., 16,32€ DOI: https://doi.org/10.14195/2182-7982_38_6102 laboratório de sabedoria, ele propõe a etnografia como fortaleza metodológica e resultado do exercício antropológico de produção do saber. A etnografia é, também, para ele um compromisso de aprender e uma educação do próprio antropólogo em campo. E, de forma complementar, a antropologia tem, segundo ele, o potencial para educar e transformar as vidas humanas, ao mostrar como vivemos e como podemos viver alternativamente.
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