A relação entre a capacidade para amar e a psicopatologia numa população jovem e adulta portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/10493 |
Resumo: | A literatura constata que o amor é um dos fenómenos humanos mais fundamentais e tem vindo a ser objecto de reflexão por parte de filósofos, poetas e figuras religiosas ao longo de décadas, bem como de psicólogos e investigadores sociais (Kapusta et al., 2018; Andrade et al., 2013). A capacidade individual para amar tem vindo a ser relacionada com diversos parâmetros da saúde mental. Contudo, não foram conduzidas examinações empíricas até ao momento (Kapusta et al., 2018). Tendo em consideração a frequência com que as dificuldades nas relações amorosas estão associadas a queixas clínicas, seria útil a obtenção de uma compreensão empírica não do amor em si mesmo mas sim da capacidade individual para amar (Kapusta et al., 2018). Neste sentido, o presente estudo tem como objectivo geral analisar a relação entre a capacidade para amar e a psicopatologia (depressão, ansiedade e stress) numa amostra nacional constituída por jovens adultos e adultos com idades compreendidas entre os 17 e os 67 anos. A recolha de dados foi efectuada com recurso a um questionário sociodemográfico, à Escala do Inventário da Capacidade para Amar (ICA-I) e à Escala da Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Os resultados sugerem que os participantes deste estudo apresentam elevados níveis de capacidade para amar e baixos níveis de psicopatologia, sendo que quando os níveis de capacidade para amar aumentam, os níveis de psicopatologia diminuem e vice-versa. Evidenciou-se também que a capacidade para amar e a depressão diminuem ao nível que a idade progride. Os participantes do género feminino apresentam níveis de stress mais elevados. Constatou-se que os participantes que se encontram atualmente numa relação íntima possuem uma capacidade para amar mais elevada do que aqueles que não estão atualmente numa relação íntima. Foi ainda revelado que quem não tem filhos, apresenta, de modo geral, uma capacidade para amar mais elevada e que os solteiros exibem um maior interesse no projeto de vida do outro e permanência da paixão sexual do que os casados e tendem a demonstrar um ideal comum do eu mais elevado do que os divorciados e casados. Ainda, o grupo dos divorciados apresenta um nível de aceitação da perda, luto e ressentimento superior ao grupo dos solteiros e o CTL total é mais elevado nos solteiros do que nos casados. |
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A relação entre a capacidade para amar e a psicopatologia numa população jovem e adulta portuguesaJovens adultosAdultosCapacidade para amarAmorPsicopatologiaDepressãoAnsiedadeStressYoung adultsAdultsCapacity to loveLovePsychopathologyDepressionAnxietyDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaA literatura constata que o amor é um dos fenómenos humanos mais fundamentais e tem vindo a ser objecto de reflexão por parte de filósofos, poetas e figuras religiosas ao longo de décadas, bem como de psicólogos e investigadores sociais (Kapusta et al., 2018; Andrade et al., 2013). A capacidade individual para amar tem vindo a ser relacionada com diversos parâmetros da saúde mental. Contudo, não foram conduzidas examinações empíricas até ao momento (Kapusta et al., 2018). Tendo em consideração a frequência com que as dificuldades nas relações amorosas estão associadas a queixas clínicas, seria útil a obtenção de uma compreensão empírica não do amor em si mesmo mas sim da capacidade individual para amar (Kapusta et al., 2018). Neste sentido, o presente estudo tem como objectivo geral analisar a relação entre a capacidade para amar e a psicopatologia (depressão, ansiedade e stress) numa amostra nacional constituída por jovens adultos e adultos com idades compreendidas entre os 17 e os 67 anos. A recolha de dados foi efectuada com recurso a um questionário sociodemográfico, à Escala do Inventário da Capacidade para Amar (ICA-I) e à Escala da Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Os resultados sugerem que os participantes deste estudo apresentam elevados níveis de capacidade para amar e baixos níveis de psicopatologia, sendo que quando os níveis de capacidade para amar aumentam, os níveis de psicopatologia diminuem e vice-versa. Evidenciou-se também que a capacidade para amar e a depressão diminuem ao nível que a idade progride. Os participantes do género feminino apresentam níveis de stress mais elevados. Constatou-se que os participantes que se encontram atualmente numa relação íntima possuem uma capacidade para amar mais elevada do que aqueles que não estão atualmente numa relação íntima. Foi ainda revelado que quem não tem filhos, apresenta, de modo geral, uma capacidade para amar mais elevada e que os solteiros exibem um maior interesse no projeto de vida do outro e permanência da paixão sexual do que os casados e tendem a demonstrar um ideal comum do eu mais elevado do que os divorciados e casados. Ainda, o grupo dos divorciados apresenta um nível de aceitação da perda, luto e ressentimento superior ao grupo dos solteiros e o CTL total é mais elevado nos solteiros do que nos casados.Literature says that love is one of the most fundamental human phenomena and it has been the subject of philosophers, poets, religious entities, psychologists and social researchers for decades (Kapusta et al., 2018; Andrade et al., 2013). The individual capacity to love has been related to several parameters of mental health, yet, there are no empirical examinations involving this concept (Kapusta et al., 2018). Giving the frequency with which difficulties in love relationships are related to clinical complains, it would be helpful to obtain a better empirical understanding of not love itself, but of the individual capacity to love (Kapusta et al., 2018). In this regard, the present study’s main goal is to analyse the relationship between the capacity to love and the psychopathology (anxiety, depression and stress) on a national sample consisting of young adults and adults aged between 17 and 67. Data were collected using a sociodemographic questionnaire, the Capacity to Love Inventory (CTL-I) and the Depression, Anxiety and Stress Scale (EADS-21). The results suggest that the participants in this study reveal high levels of capacity to love and low levels of psychopathology and when levels of capacity to love are high, levels of psychopathology decrease and vice-versa. It was also evident that the capacity to love and depression decrease as age progresses. Female participants displayed higher stress levels. It was also found that participants who currently are in an intimate relationship show a higher capacity to love than those who currently are not in an intimate relationship. It was also revealed that those from the sample who do not have children demonstrate a higher capacity to love and that the single show greater interest in the other’s life project and permanence of sexual passion than the married and tend to exhibit a higher common ego ideal than the divorced and the married. Futhermore, the divorced demonstrated a higher level of acceptance of loss, grief and resentment than the single and the total CTL is higher in the single than in married.Fonte, CarlaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaSousa, Ana Catarina Guedes de2023-11-19T01:30:17Z2021-11-192021-11-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/10493TID:202991776porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-19T02:02:09Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/10493Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-03-19T02:02:09Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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