Avaliação da sensibilização à penicilina G em adolescentes com febre reumática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felix,Mara
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Kuschnir,Fábio, Aoun,Nádia, Sztajnbok,Flávio, Cunha,Antonio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000400005
Resumo: Fundamentos: A penicilina é o antibiótico de primeira escolha para profilaxia primária e secundária da febre reumática (FR). O diagnóstico incorreto de alergia à penicilina nestes doentes exclui uma opção terapêutica de elevada eficácia e baixo custo. Objectivo: Estimar a prevalência de sensibilização à penicilina G entre adolescentes com FR. Métodos: Estudo transversal realizado no Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (NESA) - UERJ em doentes entre 12 e 19 anos. Durante a consulta de rotina, aplicou-se questionário com dados sobre hipersensibilidade imediata à penicilina e testes cutâneos de leitura imediata (TCLI) por picada e intradérmicos com penicilina G 10 000UI/mL e testes por picada com aeroalergénios (AL). O número total de injeções de penicilina benzatina (IPB) utilizadas para profilaxia secundária desde o diagnóstico da FR até à data do questionário foi calculado para cada doente. Diferenças em relação ao sexo, idade e atopia entre reatores (R) e não -reatores (NR) ao TCLI para penicilina foi avaliada através de χ2 e pelo teste t de Student para IPB (p<0,05). Resultados: Ao longo de 2009, avaliaram -se 75 doentes (37 do sexo feminino), com média de idade de 15,9 ± 2,1 anos. Destes, 8% apresentaram TCLI positivos para penicilina. História de reação prévia do tipo imediata à penicilina foi vista em 2R (33,3%) e 2NR (2,9%) [RP=11,5; IC95%:1,9 -67]. Não houve diferença significativa entre R e NR em relação ao sexo e idade. Todos os reatores tinham história de asma e/ou rinite e TCLI positivos para AL. Entre os NR estes percentuais foram respectivamente de 39,1% e 20,3%. Conclusões: A penicilina G potássica mostrou ser um reagente seguro e capaz de confirmar a sensibilização à penicilina nos doentes com história de hipersensibilidade imediata a este fármaco. Trata -se de um exame simples, de baixo custo, de extrema importância para avaliação destes doentes, principalmente daqueles com FR
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