Absorção, metabolismo e excreção do trans-resvaratrol
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/3078 |
Resumo: | Diversos estudos têm sugerido que o trans-resveratrol, um produto natural presente na dieta diária, tem efeitos protectores contra o cancro e doenças cardiovasculares. No entanto, a sua biodisponibilidade oral no homem é ainda matéria de debate. Este estudo teve com objectivo examinar o transporte do trans-resveratrol através do epitélio intestinal, recorrendo a um modelo de células epiteliais intestinais humanas, Caco-2. A quantificação do trans-resveratrol e ['4~]-transresveratrol foi efectuada recorrendo as técnicas de LC-MS e a um contador de cintilações líquido, respectivamente. O fluxo apical-basal do trans-resveratrol, durante os primeiros 30 min, foi P,,, 1.7410.20 x 1 cm S.' (média I SEM). Curiosamente, o fluxo reverso basal-apical (P, 3.4810.48 x 10-%m S.', média t SEM) foi aproximadamente 2 vez maior que o fluxo apical-basal (P< 0.05). O fluxo apical-basal de trans-resveratrol (1 pM) aumentou na presença de 2,4- dinitrophenol (1 mM), um desacoplador da fosforilação oxidativa, e o fluxo no sentido oposto diminuiu significativamente. A acumulação do trans-resveratrol e do seu metabolito sulfatado aumentou na presença de 2,4-dinitrophenol (1 mM) e MK571 (50 UM), um antagonista dos MRPs, e o efluxo diminuiu significativamente. Não se verificou diminuição do efluxo na presença de verapamil (100 pM), um inibidor da glicoproteína P. Estes resultados sugerem que o trans-resveratrol e o seu metabolito sulfatado são substratos para um transportador particularmente importante na região apical das células e é mediador da sua transferência para o exterior. Concluise também que o MRPP poderá estar envolvido na extrusão do transresveratrol das células, na região apical. ABSTRACT: Trans-resveratrol, a natural product presented in daily diet, has been suggested as having protective effects against cancer and cardiovascular diseases. However, its oral bioavailability in rnan is still a matter of debate. This study examined the intestinal epithelial transport of trans-resveratrol using human intestinal epithelial Caco-2 cells. The assay of trans-resveratrol and ['4~]-trans-resveratrowl as performed by rneans of LC-MS and liquid scintillation counting, respectively.The apical-to-basal flux of trans-resveratrol during the first 30 min was ,P ,, 1.74i10.2 x 10.~cm S.' (rnean +SEM). Interestingly, the reverse basolateral-to-apical (P,,, 3.4810.48 x 10-%m S.', rnean I SEM) was approximately 2-fold the apical-to-basolateral flux (P< 0.05). The apical-to-basolateral flux of trans-resveratrol (1 pM) increased in the presence of 2,4-dinitrophenol (1 mM), an uncoupler of mitochondrial oxidative phosphorylation, and the opposite flux direction decreased significantly. The accumulation of trans-resveratrol and its sulfate metabolite in cell monolayers was markedly increased by 2,4-dinitrophenol (1 mM) and MK571 (50 pM), MRP antagonist and the its efflux decreased significantly in the presence of these two cornpounds. No decrease in the efflux was obsewed in the presence of verapamil (1 00 pM), a P-glycoprotein inhibitor. These 0bse~ationSs uggest that trans-resveratrol and its sulfate rnetabolite are substrates for a carrier-mediated transporter that is of particular relevance in the apical cell side and that rnediates its apical outward transfer. It is also concluded that MRPP rnight have a role in trans-resveratrol extrusion from the cell at the apical cell side. |
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Diversos estudos têm sugerido que o trans-resveratrol, um produto natural presente na dieta diária, tem efeitos protectores contra o cancro e doenças cardiovasculares. No entanto, a sua biodisponibilidade oral no homem é ainda matéria de debate. Este estudo teve com objectivo examinar o transporte do trans-resveratrol através do epitélio intestinal, recorrendo a um modelo de células epiteliais intestinais humanas, Caco-2. A quantificação do trans-resveratrol e ['4~]-transresveratrol foi efectuada recorrendo as técnicas de LC-MS e a um contador de cintilações líquido, respectivamente. O fluxo apical-basal do trans-resveratrol, durante os primeiros 30 min, foi P,,, 1.7410.20 x 1 cm S.' (média I SEM). Curiosamente, o fluxo reverso basal-apical (P, 3.4810.48 x 10-%m S.', média t SEM) foi aproximadamente 2 vez maior que o fluxo apical-basal (P< 0.05). O fluxo apical-basal de trans-resveratrol (1 pM) aumentou na presença de 2,4- dinitrophenol (1 mM), um desacoplador da fosforilação oxidativa, e o fluxo no sentido oposto diminuiu significativamente. A acumulação do trans-resveratrol e do seu metabolito sulfatado aumentou na presença de 2,4-dinitrophenol (1 mM) e MK571 (50 UM), um antagonista dos MRPs, e o efluxo diminuiu significativamente. Não se verificou diminuição do efluxo na presença de verapamil (100 pM), um inibidor da glicoproteína P. Estes resultados sugerem que o trans-resveratrol e o seu metabolito sulfatado são substratos para um transportador particularmente importante na região apical das células e é mediador da sua transferência para o exterior. Concluise também que o MRPP poderá estar envolvido na extrusão do transresveratrol das células, na região apical. ABSTRACT: Trans-resveratrol, a natural product presented in daily diet, has been suggested as having protective effects against cancer and cardiovascular diseases. However, its oral bioavailability in rnan is still a matter of debate. This study examined the intestinal epithelial transport of trans-resveratrol using human intestinal epithelial Caco-2 cells. The assay of trans-resveratrol and ['4~]-trans-resveratrowl as performed by rneans of LC-MS and liquid scintillation counting, respectively.The apical-to-basal flux of trans-resveratrol during the first 30 min was ,P ,, 1.74i10.2 x 10.~cm S.' (rnean +SEM). Interestingly, the reverse basolateral-to-apical (P,,, 3.4810.48 x 10-%m S.', rnean I SEM) was approximately 2-fold the apical-to-basolateral flux (P< 0.05). The apical-to-basolateral flux of trans-resveratrol (1 pM) increased in the presence of 2,4-dinitrophenol (1 mM), an uncoupler of mitochondrial oxidative phosphorylation, and the opposite flux direction decreased significantly. The accumulation of trans-resveratrol and its sulfate metabolite in cell monolayers was markedly increased by 2,4-dinitrophenol (1 mM) and MK571 (50 pM), MRP antagonist and the its efflux decreased significantly in the presence of these two cornpounds. No decrease in the efflux was obsewed in the presence of verapamil (1 00 pM), a P-glycoprotein inhibitor. These 0bse~ationSs uggest that trans-resveratrol and its sulfate rnetabolite are substrates for a carrier-mediated transporter that is of particular relevance in the apical cell side and that rnediates its apical outward transfer. It is also concluded that MRPP rnight have a role in trans-resveratrol extrusion from the cell at the apical cell side. |
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