Preferência e habituação pela face/voz da mãe vs. estranha em recém-nascidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Alexandra
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Figueiredo, Bárbara
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/1099
Resumo: O bebé humano, quando nasce, trás consigo uma diversidade de competências que lhe garantem uma pré-adaptação e a sua sobrevivência no meio extrauterino. Este estudo tem como objectivo avaliar a preferência e a habituação do recém-nascido pela face/voz da mãe vs. uma pessoa estranha, bem como a identificação de variáveis que possam influenciar estas competências. A amostra, constituída por 50 bebés (com 1 a 5 dias de vida), foi avaliada através do paradigma da “preferência e habituação pela face/voz da mãe vs estranha” - uma situação experimental que envolve a participação da mãe e de duas figuras estranhas ao bebé, com o objectivo de avaliar o tempo que o bebé olha para cada pessoa, em três fases diferentes: 1) preferência, 2) habituação e 3) pós-habituação. Os resultados mostram a preferência pela face/voz da mãe, em detrimento da pessoa estranha. Porém, observa-se que, da fase de preferência para a fase de pós-habituação, o tempo que o bebé olha para a mãe diminui e aumenta o tempo que olha para a figura estranha.Algumas características dos bebés (e.g., índice ponderal > 2.50) e das mães (e.g., coabitação, emprego) surgem relacionadas com resultados mais favoráveis (e.g., maior preferência pela face/voz da mãe na fase de preferência do que de pós-habituação e uma mais rápida resposta de habituação ao estímulo materno). Concluímos que, logo nos primeiros dias de vida, são observadas diferenças no comportamento dos recém-nascidos com a mãe e com uma estranha, o que pode condicionar o desenvolvimento do bebé e uma interacção adequada com a mãe. ------ ABSTRACT ------ When born, the human baby has a diversity of competences that guarantees a pre-adaptation and his survival in the extra-uterine environment. This study’s aim was to evaluate the preference and the habituation of the newborn baby for the face/voice of the mother vs. a strange person, as well as identifying variables that could influence these competences. The sample, constituted by 50 babies (with 1 to 5 days of life), was evaluated in terms of socio-demographic variables through the paradigm of the “preference and habituation by the face/voice of the mother vs. strange” that consists of an experimental situation that involves the participation of the mother and of two strange persons to the baby, with the objective of measuring the time that the baby looks at each person, in three different phases: 1) preference, 2) habituation and 3) post-habituation. Results show the preference for the face/voice of the mother in detriment of the strange person. Also, it is noticed that, from the phase of preference to the phase of post-habituation, the time that the baby looks at the mother becomes shorter while the time that the baby looks at the strange person increases. Some characteristics of the babies (e.g., ponderal rate > 2.50) and of the mothers (e.g., co-habitation employment) appear associated to more favorable results (e.g., higher mother’s voice/face preference on the preference than in the posthabituation phase’s and a faster habituation response to the maternal stimuli). We conclude that, in the first days of life, differences in the newborn baby behaviour with the mother and with a stranger are noted, which can interfere on the baby development and on his interaction with the mother.
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