A relação entre os intervenientes em intervenção precoce: o olhar dos profissionais e da família

• Autor(a) principal: Nunes, Sandra Patrícia de Cercas Rosa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/18344
• topic: Intervenção precoce; Educadora de intervenção precoce; Educadora de infância; Família; Articulação; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

A Intervenção Precoce é uma área atual, desempenhando um papel fundamental na educação das crianças, potencializando o seu desenvolvimento global, nos diversos domínios: cognitivo, motor, social e emocional. Esta intervenção requer responsabilidade e dedicação, não só dos profissionais, como das famílias. Pretendeuse, como objetivo principal conhecer e analisar a articulação entre os intervenientes que desenvolvem a sua atuação na Intervenção Precoce na Infância, através dos seus testemunhos. Considerou-se importante perceber se estes mantêm uma relação de harmonia, uma equipa coesa, tendo em vista o desenvolvimento integral da criança. Visou analisar-se de que forma a família é inserida no processo educativo dos seus educandos e perceber o que poderá melhorar visando uma intervenção de qualidade destas crianças. Para a realização da investigação optou-se por uma metodologia de caráter qualitativo, com entrevistas semiestruturadas a três educadoras de infância e a uma educadora de Intervenção Precoce. Participaram ainda no estudo cinco famílias de cinco crianças apoiadas, sendo que mãe e pai responderam em conjunto aos inquéritos. Foram ainda utilizadas a pesquisa documental e o diário de campo. Os resultados, analisados através de análise de conteúdo, permitiram concluir que, no geral a relação entre os intervenientes é boa, existe comunicação e partilha de ideias e sugestões, embora os pais sintam uma maior ligação com a educadora de infância. Os profissionais referiram que a pandemia tornou difícil o trabalho conjunto entre as educadoras de infância e a educadora de Intervenção Precoce, levando a uma separação entre a criança a intervencionar e o restante grupo, aquando da intervenção. É referido por todos os entrevistados que deveria haver mais tempo semanal de intervenção. As conclusões foram positivas, embora ainda exista trabalho e esforço a fazer para uma melhor articulação, nomeadamente, com as famílias para a sua total inclusão em todo o processo.