Avaliação da qualidade de vida em jovens com diabetes mellitus tipo 1
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/984 |
Resumo: | A Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde tornou-se uma área de pesquisa crescente e uma medida essencial de resultados em saúde, nomeadamente na Pediatria. A Diabetes Mellitus Tipo 1 é uma das patologias crónicas mais comuns da idade pediátrica que implica um tratamento exigente, com o intuito de atingir um bom controlo metabólico e evitar as complicações graves associadas. Neste estudo pretende-se caracterizar as crianças e os adolescentes do Centro Hospitalar da Cova da Beira com esta patologia, compreender quais os factores que influenciam os níveis de qualidade de vida e as implicações que daí advêm. Apresenta-se como uma investigação transversal, de cariz descritivo e com componente analítica dos dados. Baseia-se na aplicação de um questionário anónimo a estes jovens, constituído por três partes: 1) dados sócio-demográficos, clínicos e de caracterização da doença; 2) Questionário da Qualidade de Vida Pediátrica Versão 4.0 – PedsQLTM 4.0 e 3) Escala de Qualidade de Vida em Jovens Diabéticos – DQOL. Os dados foram analisados no software Statistical Package for Social Sciences, versão 17.0 para Windows, consideram-se significativos para um p-value <0,10. No total, 17 (68%) jovens com Diabetes Mellitus Tipo 1 participaram neste estudo, sendo que a maioria se encontra na faixa etária dos 13-18 anos e dez casos são do sexo feminino. Regista-se que a maioria é estudante, com aproveitamento escolar, sob cuidados dos pais. Quase todos os jovens praticam exercício físico e os seus valores de Índice de Massa Corporal variam entre os percentis 5-85. Verifica-se uma média de número de anos de doença de 6,29 anos, com valor médio de hemoglobina glicada do tipo A1c de 8,27%. As dimensões do PedsQLTM 4.0 que registaram resultados menos satisfatórios são as do “Funcionamento Emocional” e “na Escola”; por sua vez, na DQOL os itens mais pontuados pertencem às sub-escalas “Preocupações devido à Diabetes” e “Satisfação com o Tratamento”, que implicam piores resultados de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. Observa-se que as variáveis género, localidade onde reside, rendimento escolar e situação laboral da mãe e do pai influenciam os níveis de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. Além disso, estes últimos são mais satisfatórios na presença de registos de Índice de Massa Corporal mais adequados, menor número de anos de doença, valores inferiores de hemoglobina glicada do tipo A1c e menor número de injecções de insulina por dia. Reconhece-se que este trabalho oferece uma visão fraccionada da complexidade desta doença, mas que contribui para compreender alguns factores intervenientes no seu controlo e nos níveis de qualidade de vida dos jovens diabéticos. Recomenda-se que este tipo de avaliações seja feito, regularmente, no seio de uma equipa multi-disciplinar responsável pelo acompanhamento destes doentes. |
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Avaliação da qualidade de vida em jovens com diabetes mellitus tipo 1Diabetes mellitus tipo 1Diabetes mellitus tipo 1 - Jovens - Qualidade de vidaDiabetes mellitus tipo 1 - Crianças - Qualidade de vidaA Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde tornou-se uma área de pesquisa crescente e uma medida essencial de resultados em saúde, nomeadamente na Pediatria. A Diabetes Mellitus Tipo 1 é uma das patologias crónicas mais comuns da idade pediátrica que implica um tratamento exigente, com o intuito de atingir um bom controlo metabólico e evitar as complicações graves associadas. Neste estudo pretende-se caracterizar as crianças e os adolescentes do Centro Hospitalar da Cova da Beira com esta patologia, compreender quais os factores que influenciam os níveis de qualidade de vida e as implicações que daí advêm. Apresenta-se como uma investigação transversal, de cariz descritivo e com componente analítica dos dados. Baseia-se na aplicação de um questionário anónimo a estes jovens, constituído por três partes: 1) dados sócio-demográficos, clínicos e de caracterização da doença; 2) Questionário da Qualidade de Vida Pediátrica Versão 4.0 – PedsQLTM 4.0 e 3) Escala de Qualidade de Vida em Jovens Diabéticos – DQOL. Os dados foram analisados no software Statistical Package for Social Sciences, versão 17.0 para Windows, consideram-se significativos para um p-value <0,10. No total, 17 (68%) jovens com Diabetes Mellitus Tipo 1 participaram neste estudo, sendo que a maioria se encontra na faixa etária dos 13-18 anos e dez casos são do sexo feminino. Regista-se que a maioria é estudante, com aproveitamento escolar, sob cuidados dos pais. Quase todos os jovens praticam exercício físico e os seus valores de Índice de Massa Corporal variam entre os percentis 5-85. Verifica-se uma média de número de anos de doença de 6,29 anos, com valor médio de hemoglobina glicada do tipo A1c de 8,27%. As dimensões do PedsQLTM 4.0 que registaram resultados menos satisfatórios são as do “Funcionamento Emocional” e “na Escola”; por sua vez, na DQOL os itens mais pontuados pertencem às sub-escalas “Preocupações devido à Diabetes” e “Satisfação com o Tratamento”, que implicam piores resultados de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. Observa-se que as variáveis género, localidade onde reside, rendimento escolar e situação laboral da mãe e do pai influenciam os níveis de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. Além disso, estes últimos são mais satisfatórios na presença de registos de Índice de Massa Corporal mais adequados, menor número de anos de doença, valores inferiores de hemoglobina glicada do tipo A1c e menor número de injecções de insulina por dia. Reconhece-se que este trabalho oferece uma visão fraccionada da complexidade desta doença, mas que contribui para compreender alguns factores intervenientes no seu controlo e nos níveis de qualidade de vida dos jovens diabéticos. Recomenda-se que este tipo de avaliações seja feito, regularmente, no seio de uma equipa multi-disciplinar responsável pelo acompanhamento destes doentes.The Health-related Quality of Life became an important and growing area of research, and an essential measure of health outcomes, particularly in the Pediatrics. The Type 1 Diabetes Mellitus is one of the most common chronic diseases in the pediatric age, with high demands in the treatment in order to achieve good metabolic control and avoid the associated serious complications. The aim of this study is to characterize the children and the adolescents from Centro Hospitalar da Cova da Beira with this pathology, to understand better which factors influence the level of quality of life and the implications that this entails. It is presented as a cross-sectional research, drafted in a descriptive and analytical component of data. It is based on the application of an anonymous questionnaire to these children and adolescents, which consists of three parts: 1) socio-demografic, clinical and disease’s characterization data; 2) Pediatric Quality of Life Inventory Version 4.0 – PedsQLTM 4.0 and 3) Diabetes Quality of Life questionnaire – DQOL. The data was analyzed using Statistical Package for Social Sciences software – version 17 for Windows and were considered significant at p-value <0,10. In total, 17 (68%) children and adolescents with type 1 Diabetes Mellitus participated in this study, and most are between 13-18 years and ten of them are female. It is noted that the majority are students, with good school performance, under parental care. Almost of all do exercise regularly and values of Body Mass Index range between percentiles 5-85. The average number of years with disease is 6,29 years, with an average glycated hemoglobin type A1c of 8,27%. The dimensions of PedsQLTM 4.0 which recorded less satisfactory results are the “Emotional Functioning” and the “School Functioning”; on the other hand, the DQOL’s items with highest scores belong to the sub-scales “Worries about Diabetes” and “Satisfaction with treatment”, which imply worst results in Health-related Quality of Life. It is observed that the variables gender, location, school performance and employment status of mother and father can influence the level of Health-related Quality of Life. Moreover, this level is more satisfactory in the presence of records related to more appropriate Body Mass index, fewer years of disease, lower values of glycated hemoglobin type A1c and lower number of insulin injections per day. It is recognized that this work offers a partial view of the disease, but contributes to understand some implicated factors in its control and in the level of quality of life of diabetic children and adolescents. It is recommended that such assessments should be made regularly, within a multi-disciplinary team which should be responsible for monitoring these patients.Universidade da Beira InteriorAlmeida, Anabela Antunes deGuerra, Pedro Miguel PatríciouBibliorumMoreira, Sónia Cristina Marques2013-02-01T10:14:35Z2011-052011-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/984porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:24Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/984Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:56.421763Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde tornou-se uma área de pesquisa crescente e uma medida essencial de resultados em saúde, nomeadamente na Pediatria. A Diabetes Mellitus Tipo 1 é uma das patologias crónicas mais comuns da idade pediátrica que implica um tratamento exigente, com o intuito de atingir um bom controlo metabólico e evitar as complicações graves associadas. Neste estudo pretende-se caracterizar as crianças e os adolescentes do Centro Hospitalar da Cova da Beira com esta patologia, compreender quais os factores que influenciam os níveis de qualidade de vida e as implicações que daí advêm. Apresenta-se como uma investigação transversal, de cariz descritivo e com componente analítica dos dados. Baseia-se na aplicação de um questionário anónimo a estes jovens, constituído por três partes: 1) dados sócio-demográficos, clínicos e de caracterização da doença; 2) Questionário da Qualidade de Vida Pediátrica Versão 4.0 – PedsQLTM 4.0 e 3) Escala de Qualidade de Vida em Jovens Diabéticos – DQOL. Os dados foram analisados no software Statistical Package for Social Sciences, versão 17.0 para Windows, consideram-se significativos para um p-value <0,10. No total, 17 (68%) jovens com Diabetes Mellitus Tipo 1 participaram neste estudo, sendo que a maioria se encontra na faixa etária dos 13-18 anos e dez casos são do sexo feminino. Regista-se que a maioria é estudante, com aproveitamento escolar, sob cuidados dos pais. Quase todos os jovens praticam exercício físico e os seus valores de Índice de Massa Corporal variam entre os percentis 5-85. Verifica-se uma média de número de anos de doença de 6,29 anos, com valor médio de hemoglobina glicada do tipo A1c de 8,27%. As dimensões do PedsQLTM 4.0 que registaram resultados menos satisfatórios são as do “Funcionamento Emocional” e “na Escola”; por sua vez, na DQOL os itens mais pontuados pertencem às sub-escalas “Preocupações devido à Diabetes” e “Satisfação com o Tratamento”, que implicam piores resultados de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. Observa-se que as variáveis género, localidade onde reside, rendimento escolar e situação laboral da mãe e do pai influenciam os níveis de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. Além disso, estes últimos são mais satisfatórios na presença de registos de Índice de Massa Corporal mais adequados, menor número de anos de doença, valores inferiores de hemoglobina glicada do tipo A1c e menor número de injecções de insulina por dia. Reconhece-se que este trabalho oferece uma visão fraccionada da complexidade desta doença, mas que contribui para compreender alguns factores intervenientes no seu controlo e nos níveis de qualidade de vida dos jovens diabéticos. Recomenda-se que este tipo de avaliações seja feito, regularmente, no seio de uma equipa multi-disciplinar responsável pelo acompanhamento destes doentes. |
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