Estudo das piroplasmoses em cavalos de Trás-os-Montes e Alto Douro

• Autor(a) principal: Maia, José Miguel Amorim
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2073
• topic: Equino; Piroplasmose; ELISA de competição; Trás-os-Montes e Alto Douro; Babesia caballi; Theileria equi

As piroplasmoses equinas são doenças com uma importante distribuição mundial que afectam várias espécies de solípedes. Em cavalos, as doenças causadas por agentes protozoários podem provocar depressão, anorexia, anemia, diminuição do desempenho desportivo, encefalopatia, cegueira, alterações reprodutivas, abortos e até morte, devido a infecções agudas ou congénitas. Adicionalmente, trata-se também de um dos principais factores de impedimento para o comércio e transporte de animais a nível internacional. Devido à ausência de dados sobre a prevalência desta doença na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, este é um trabalho para o universo equino em geral e da região em particular. Com este trabalho pretendeu-se estudar não só a prevalência de duas piroplasmoses numa amostra da população equina da região referida, assim como comparar dois métodos de diagnóstico: o esfregaço de sangue e um teste serológico por ELISA de competição. O estudo incluiu 74 animais observados no âmbito da actividade clínica do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Ato Douro, entre Novembro de 2008 e Outubro de 2009. Para cada animal foi realizado um inquérito, através do qual se recolheram dados sobre a idade, sexo, raça, plano de vacinação e desparasitação, morada e regime de estabulação e de trabalho. A cada animal foi colhido sangue da veia jugular para realização de esfregaço sanguíneo e para obtenção de soro para o teste de ELISA de competição (cELISA). Das amostras recolhidas obtiveram-se 5 resultados positivos no esfregaço (2 para Babesia caballi e 3 para Theileria equi). Em relação ao cELISA 3 resultados foram positivos para Babesia caballi, 12 para Theileria equi e 2 para ambos os hemoparasitas. Apesar das limitações inerentes ao facto de ser um estudo pioneiro na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, este trabalho permitiu comprovar a existência destas doenças parasitárias, o que permite alertar para futuros casos clínicos com sintomatologia diversa e que representa mais uma entidade a considerar no diagnóstico diferencial da clínica de equinos.