Análise da variação da severidade ecológica dos incêndios florestais em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Samuel David Rodrigues
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/10454
Resumo: O impacto de um incêndio depende da sua magnitude sendo, por isso, importante estabelecer relações com os fatores determinantes na sua propagação e com o seu potencial destrutivo. A severidade do fogo reflete o consumo e alteração da matéria orgânica, no solo e acima do solo, e tem uma relação direta com a intensidade do fogo, sendo por isso um importante indicador do impacto do fogo. Neste estudo foi analisada a severidade de 292 grandes incêndios, ocorridos entre 2015 e 2018, em Portugal Continental, a qual foi posteriormente relacionada com as variáveis: ano, mês, concelho, declive médio, densidade da rede viária; índices de perigo meteorológico de incêndio, ocupação do solo, área do incêndio. Os dados foram recolhidos através do European Forest Fire Information System (EFFIS) e do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF). Os resultados mostram que existe uma associação entre os grandes incêndios e perigo meteorológico de incêndio elevado. As correlações lineares entre as variáveis e a severidade são reduzidas, não havendo nenhuma que por si só explique convincentemente a variação da severidade média por incêndio. A área ardida é o fator que melhor relação apresenta com as classes de severidade sendo que as maiores áreas ardidas estão associadas a maiores severidades. As transições de matos para florestas e os matos estão também associados aos incêndios de maior severidade, que ocorrem entre o Verão e o início de Outono. O ano de 2017 distingue-se pela magnitude da severidade dos incêndios e pelo grande número de incêndios de maior severidade.
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