Estudo retrospetivo da casuística de um centro de reabilitação de animais selvagens na Costa Rica

• Autor(a) principal: Costa, Maria Miguel Silva Cunha Miranda
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13787
• topic: MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA; MEDICINA VETERINÁRIA; VETERINÁRIA; REABILITAÇÃO; ANIMAIS SELVAGENS; REABILITAÇÃO; MORTALIDADE; COSTA RICA; REHABILITATION; WILD ANIMALS; MORTALITY; VETERINARY MEDICINE

A análise dos dados sobre a prática de reabilitação de animais selvagens fornece valores de referência com o objetivo de comparação entre centros de reabilitação de modo analisar criticamente os protocolos e melhorar eficientemente, cada centro. Pretendeu-se, com o presente trabalho apresentar as principais causas de admissão no Resgate Wildlife Rescue Center para cada grupo taxonómico, determinar os fatores de admissão que influenciaram a libertação e a mortalidade dos animais e determinar os fatores preditivos da libertação e da mortalidade dos animais selvagens. Para tal, procedeu-se a um estudo retrospetivo baseado em 5785 admissões registadas no período de 2020-2022 na base de dados do Rescate Wildlife Rescue Center na Costa Rica. A análise estatística consistiu na caracterização da amostra, mediante a análise das diversas variáveis categóricas: data de admissão, espécie, ordem, classe, região, grupo etário, causa de admissão, outcome, caracterização clínica e data final e respetiva associação com a taxa de mortalidade ou libertação. A maioria dos animais resgatados eram aves (59,3%), de seguida mamíferos (20,7%), répteis (17,4%) e por último, outros (2,6%). As causas de admissão que se destacaram foram a “posse inapropriada” (34,9%), “encontrado” (23,3%) e “trauma” (19,3%). A causa de admissão “posse inapropriada” e a classe “aves” e “répteis” apresentaram as taxas de libertação mais elevadas. As causa de admissão “trauma” e “órfão”, e a classe “aves” apresentaram as taxas de mortalidade mais elevadas. Em geral, quanto maior o número de dias no hospital, o facto de serem répteis, juvenis, precisarem de cuidados básicos, ou serem clinicamente saudáveis foram preditores de libertação. Em contraste, os grupos etários “cria” e “nestling” foram preditores de mortalidade. Palavras-chave: reabilitação, animais selvagens, causa de admissão, libertação, mortalidade