O papel do narrador na construção do universo ficcional de O Lago Azul, de Fernando Campos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Maria Helena Amorim de Queiroz
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/17481
Resumo: A contiguidade entre a ficção e a realidade sente-se desde os primórdios da literatura. Surgiu com as primeiras narrativas e nunca deixou de existir, tendo-se manifestado de diferentes modos ao longo do tempo. No séc. XIX, nasceu o género literário que privilegia a relação História / ficção: o romance histórico. Depois de um breve ponto da situação relativo à tradição do romance histórico na literatura europeia e portuguesa, analisamos o estatuto eclético do narrador e o modo como exerce a sua função aglutinadora da narrativa, mantendo o leitor cativo da diegese: Como lhe dispensa as informações? Que facetas assume? Como organiza a narrativa? É um narrador eclético que não abandona a narrativa e acompanha com carinho as suas personagens favoritas. A memória intertextual povoa o texto: Camões, Pessoa, Fernão Lopes, Shakespeare, o texto bíblico,… Os intertextos vêm enriquecer a narrativa através de remissões e sugestões que deixam no ar, insinuam e pedem ao leitor que faça também o seu exercício de leitura a completar o da escrita. Por outro lado, a memória vivencial é sobretudo a do Vento, entidade extremamente dinâmica, não só pela mobilidade que lhe é caraterística, mas também porque não deixa esquecer que é praticamente omnipresente e a sua memória remonta ao passado longínquo, proporcionando ao leitor uma narrativa dinâmica e cativante.
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