Hepatite C e Gravidez: Uma Revisão da Literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lourenço,Cátia
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Rocha,Ilda, Melo,Mónica, Pinto,Evelin, Veiga,Mariana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132011000100004
Resumo: A hepatite C crónica é uma importante causa de morbi-mortalidade em todo o mundo. A transmissão perinatal do vírus da hepatite C (VHC) é o principal mecanismo de infecção na criança. A gravidez não afecta a evolução natural da infecção por VHC. A hepatite C crónica activa está associada a um aumento da incidência de desfechos obstétricos adversos; já relativamente aos doentes com hepatite C crónica inactiva, a associação com desfechos obstétricos adversos não está tão bem definida. O diagnóstico da transmissão vertical é feito através da detecção no sangue da criança de RNA do VHC em 2 determinações, com intervalo de 2-3 meses e depois desta ter pelo menos 3 meses de vida, e/ou pela detecção de anticorpos anti-VHC na criança depois dos 18 meses de vida. A transmissão vertical do VHC é de 1-3% nas grávidas com RNA vírico indetectável e de 4-6% naquelas com RNA vírico detectável. A co-infecção com VIH aumenta o risco de transmissão vertical do VHC, mas a HAART (“highly active anti-retroviral therapy”) diminui o risco significativamente. O uso de eléctrodos para monitorização fetal interna também aumenta o risco de transmissão vertical. Os dados não são consensuais relativamente à duração da ruptura de membranas no risco de transmissão vertical. O parto por cesariana e a amamentação (se houver integridade dos mamilos) não alteram o risco de transmissão vertical. Apesar de um melhor conhecimento dos factores de risco envolvidos na transmissão vertical do VHC, até à data não há intervenção eficaz na redução desse risco.
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