Consequências psicológicas da guerra em Angola
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/9988 |
Resumo: | Este estudo conjuga os conhecimentos de duas especialidades de ciências humanas, a antropologia e a psicologia, tendo por objectivo geral estabelecer conexões entre a violência política vivida no período de guerra e variáveis que influenciam o estado de saúde mental das populações do meio urbano e rural do Lubango, nomeadamente a ansiedade e a depressão. O estudo baseia-se principalmente num inquérito por uma amostragem de 300 indivíduos dos 18 aos 65 anos de idade, da cidade do Lubango e dos municípios da Matala e Humpata (zonas rurais). Para a recolha de dados utilizou-se, num primeiro momento, o questionário de Beck que é um instrumento de depressão para adultos. Para a ansiedade utilizou-se o inventário de Ansiedade IDATE – Estado - Traço desenvolvido por Spielberger et al., (1970). Num segundo momento fizeram-se entrevistas semiestruturadas para identificar o impacto da violência política na vivência das populações alvo de estudo. Os resultados indicam que as diferenças entre a intensidade de depressão e ansiedade no meio rural e urbano, não são estatisticamente diferentes, bem como a ocorrência de depressão nestes dois meios. Entretanto, quando se fez uma análise meramente descritiva, verificou-se que há diferenças entre a ocorrência de depressão no meio rural e no meio urbano, sendo maior neste último. No tocante à ansiedade, também não existe diferença em relação à intensidade mas sim em relação à ocorrência: no meio rural há uma ocorrência de ansiedade significativamente maior do que no meio urbano. Os resultados das entrevistas vão de encontro às hipóteses formuladas, pois em grande parte das populações desta região Sul do país, prevalecem perturbações de ansiedade e depressão derivadas do período de guerra prolongada e recorrem ao tratamento tradicional e/ou espiritual/religioso para cura das doenças mentais. |
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Este estudo conjuga os conhecimentos de duas especialidades de ciências humanas, a antropologia e a psicologia, tendo por objectivo geral estabelecer conexões entre a violência política vivida no período de guerra e variáveis que influenciam o estado de saúde mental das populações do meio urbano e rural do Lubango, nomeadamente a ansiedade e a depressão. O estudo baseia-se principalmente num inquérito por uma amostragem de 300 indivíduos dos 18 aos 65 anos de idade, da cidade do Lubango e dos municípios da Matala e Humpata (zonas rurais). Para a recolha de dados utilizou-se, num primeiro momento, o questionário de Beck que é um instrumento de depressão para adultos. Para a ansiedade utilizou-se o inventário de Ansiedade IDATE – Estado - Traço desenvolvido por Spielberger et al., (1970). Num segundo momento fizeram-se entrevistas semiestruturadas para identificar o impacto da violência política na vivência das populações alvo de estudo. Os resultados indicam que as diferenças entre a intensidade de depressão e ansiedade no meio rural e urbano, não são estatisticamente diferentes, bem como a ocorrência de depressão nestes dois meios. Entretanto, quando se fez uma análise meramente descritiva, verificou-se que há diferenças entre a ocorrência de depressão no meio rural e no meio urbano, sendo maior neste último. No tocante à ansiedade, também não existe diferença em relação à intensidade mas sim em relação à ocorrência: no meio rural há uma ocorrência de ansiedade significativamente maior do que no meio urbano. Os resultados das entrevistas vão de encontro às hipóteses formuladas, pois em grande parte das populações desta região Sul do país, prevalecem perturbações de ansiedade e depressão derivadas do período de guerra prolongada e recorrem ao tratamento tradicional e/ou espiritual/religioso para cura das doenças mentais. |
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